Economia

Mercado negocia dólar a R$ 2,309, baixa de 0,77% nas primeiras operações

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postado em 27/10/2008 10:01
O dólar comercial é cotado a R$ 2,309 na venda, em queda de 0,77% nas primeiras operações registradas nesta segunda-feira (27/10). O mercado financeiro tem pela frente uma agenda de indicadores econômicos bastante carregada, enquanto carrega ainda "as marcas" da semana passada. A perspectiva de uma recessão no Reino Unido, onde o PIB trimestral teve sua primeira queda em 16 anos, provocou um princípio de pânico entre os investidores, que viram a crise financeira se espalhar para a "economia real" também no continente europeu. Para hoje, a agenda econômica prevê novos números sobre o setor imobiliário americano, além da pesquisa Focus e da balança comercial, no front doméstico. Os destaques, no entanto, se concentram na quarta e na quinta-feira. Na quarta-feira, o Copom (Comitê de Política Monetária) anuncia a nova taxa básica de juros do país, hoje em 13,75%. Para uma boa parte dos analistas do setor financeiro, os diretores desse colegiado devem optar por uma "parada técnica", diante do conturbado e volátil cenário mundial, mantendo a Selic no patamar atual e ajustando somente na reunião de dezembro. Outra parcela ainda acredita ser viável uma alta dos juros, salientando que os índices de preços mais recentes já acusaram o choque do dólar. No mesmo dia, o Fomc, o equivalente americano do Copom, decide os rumos da política monetária dos EUA, provavelmente anunciando um corte nos juros básicos desse país, hoje em 1,50% ao ano, após um corte em caráter extraordinário no início deste mês. O presidente do Fed, o banco central dos EUA, Ben Bernanke, já sinalizou ser favorável ao novo relaxamento das taxas, um dos instrumentos para estimular uma economia à beira da recessão. O destaque da agenda, no entanto, está previsto para quinta-feira, quando o governo americano comunica a primeira revisão do PIB trimestral. Economistas do setor financeiro projetam um declínio de 0,5%. A temporada de balanços corporativos continua nesta semana, com a revelação dos números do Bradesco, no Brasil, e das empresas Canon, Verizon, entre outras, no exterior

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