Economia

Bolsas da Ásia fecham em alta; Tóquio avança 6,4%

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postado em 28/10/2008 08:38
As Bolsa da Ásia retomaram as altas nesta terça-feira (28/10), com investidores animados com as ações baratas no mercado. A Bolsa de Valores de Tóquio (Japão), a mais importante da região, subiu 6,4% no fechamento após operar abaixo dos 7.000 pontos pela primeira vez desde 1982. Nesta terça, os mercados da região abriram em queda e operavam sem tendência definida até perto do fechamento. Contudo, as Bolsas acabaram encerrando o pregão em alta. A Coréia do Sul teve ganhos de 5,57%; a China subiu 2,44%; e Hong Kong subiu 14,35%. A Indonésia perdeu 4,21% e a Austrália caiu 0,34%. "Este é apenas uma reversão de curto prazo. Os indicadores podem subir mil pontos e cair novamente", afirmou Patrick Shum, da Karl Thomson Securities. Nesta segunda-feira (27/10), o mercado asiático registrou perdas expressivas: a Bolsa de Tóquio chegou a operar em alta, mas fechou com o menor resultado em pontos desde 1982, com queda de 6,4%, aos 7.162,90 pontos. Em Hong Kong, a Bolsa caiu 12,70%; a China afundou 5,45%. O iene bateu recorde ontem ante o dólar, o que prejudica as exportações japonesas, sobretudo do setor de tecnologia. Gigantes como a Canon e a Panasonic registram fortes quedas em seus ativos. A fabricante de veículos Honda viu seu lucro líquido diminuir 19,1% entre abril e setembro, primeiro semestre do ano fiscal, para US$ 3,17 bilhões. "O iene forte tem bastante impacto, e a preocupação com os ganhos das empresas cresce", afirmou Yumi Nishimura, da Daiwa Securities. "Podemos falar o quanto quisermos sobre valores e ações baratas, mas os investidores estão tão nervosos com compras que se preocupam com o futuro.". Bolsas Em mais um dia onde seus movimentos foram bastante turbulentos, as Bolsas americanas fecharam nesta segunda-feira com perdas. O índice Dow Jones, o mais importante de Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês), fechou com perda de 2,42%. Na Europa, os mercados fecharam em baixa nesta segunda-feira, mas com quedas menores que na abertura. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) emendou seu quinto dia consecutivo de perdas, recuando para os mesmos níveis de 2005. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, retrocedeu 6,50%, para os 29.435 pontos, o menor nível desde 28 de outubro de 2005. O giro financeiro é de R$ 3,24 bilhões, quase a metade da média do mês (R$ 5,51 bilhões). A Bolsa brasileira se ressente, principalmente, da ausência dos investidores estrangeiros, que continuam sacam recursos do mercado doméstico para cobrir perdas no exterior. Medidas O primeiro-ministro japonês, Taro Aso, anunciou nesta segunda-feira uma série de novas medidas para apoiar os mercados financeiros, entre elas o aumento de um fundo governamental destinado a injetar capital nos bancos em caso de necessidade. Aso declarou ainda que o Japão vai reforçar a regulamentação das vendas a curto prazo (a venda especulativa de ações, destinada a gerar lucro prevendo a queda dos títulos). O premiê não revelou o novo valor destinado ao fundo governamental de apoio aos bancos. O ministro delegado para Política Econômica e Orçamentária, Kaoru Yosano, declarou no domingo que o Japão elevaria de 2 bilhões de ienes a 10 bilhões de ienes (cerca de US$ 107 milhões) o teto de intervenção do governo para sustentar eventualmente os bancos com dificuldades. No Japão, ministros e representantes do G7 (grupo dos sete países mais ricos do mundo) se reuniram para discutir sobre a crise. Em comunicado, líderes de Estados Unidos, Japão, França, Reino Unido, Itália, Canadá e França afirmaram que continuarão "vigiando de perto os mercados e cooperando de maneira apropriada" ante a turbulência financeira global.

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