Economia

Bovespa avança 2,80%; dólar recua 1,91%, a R$ 2,201

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postado em 28/10/2008 11:10
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra a chamada "recuperação técnica" nos primeiros negócios desta terça-feira (28/10), após perdas acumuladas de 25,4% somente nos últimos cinco dias. Investidores operam em compasso de espera, aguardando as reuniões do Copom, no Brasil, e do Federal Reserve, nos EUA, marcadas para quarta-feira (29/10). Outro indicador importante também deixa o mercado ansioso: a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) americano, previsto para quinta-feira. Analistas afirmam que, além da alta das Bolsas internacionais, a valorização dos preços das commodities (matérias-primas) também pode ajudar a Bolsa brasileira: em Nova York (Nymex), o barril de petróleo se aproxima dos US$ 65, com avanço de 2,3%. O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, valoriza 2,80% e alcança os 30.259 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em forte queda de 6,50%, com quase metade do giro financeiro regular. O dólar comercial é cotado a R$ 2,201 na venda, em forte declínio de 1,91% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 574 pontos, número 5,43% abaixo da pontuação anterior. Os investidores voltaram às compras nas Bolsas asiáticas e européias, buscando recompor parte das fortes perdas registradas na jornada anterior. Em Tóquio, a Bolsa local fechou em alta de 6,4%, após ter recuado para seus níveis de 1982 na jornada de ontem. Na Europa, a Bolsa londrina avança 3,32%, enquanto o mercado de Frankfurt ganha 8,58%. Entre as primeiras notícias do dia, o banco central inglês revelou uma estimativa para as perdas com a crise financeira: US$ 2,8 trilhões. No setor corporativo, o grupo Santander anunciou lucro líquido de aproximadamente US$ 8,65 bilhões no período de janeiro a setembro, um resultado 5% superior ao ganho registrado para o acumulado de nove meses do ano passado. No Brasil, o grupo espanhol apurou ganhos de US$ 939 milhões, um avanço de 7,1% sobre 2007. E na agenda econômica de hoje destaca-se a sondagem sobre a confiança do consumidor americano, um importante indicador sobre as expectativas de consumo. No Brasil, está prevista a divulgação da balança comercial. Copom e Fed. Economistas do setor financeiro esperam que o Copom mantenha a taxa Selic em 13,75%, diante do turbulento cenário mundial. Nos EUA, a expectativa se concentra por um novo corte dos juros americanos, provavelmente de 1,50% ao ano para 1,25%.

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