postado em 28/10/2008 11:35
O presidente do grupo francês Renault e japonês Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, declarou nesta terça-feira (28/10) que a crise financeira mundial não será superada em várias semanas e que suas conseqüências para o setor automobilístico apenas começaram. "Acho que a crise não será rápida. Devemos nos preparar para enfrentar turbulências num período relativamente longo", afirmou Ghosn, em uma conferência em Tóquio.
"Em 2009, a situação do mercado automobilístico será, no melhor dos casos, moderada, algo que pode se estender até 2010, se a crise financeira não for resolvida até lá", continuou.
O setor está sendo duplamente afetado pela crise financeira, que reduz a quantidade de empréstimos, e pela conseqüente desaceleração econômica. "Ainda não vimos o pior. Embora a crise financeira esteja sendo controlada, as conseqüências de um desaquecimento da demanda sobre os empregos vão ser sentidas a partir de agora", disse o presidente da Renault e da Nissan.
Para Ghosn, as empresas devem se concentrar agora nos objetivos de curto prazo, com uma atenção particular em sua tesouraria: "Hoje, a urgência está relacionada à gestão de liquidez", disse.