Economia

Bolsas européias fecham em alta; Frankfurt dispara com Volkswagen

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postado em 28/10/2008 15:38
As bolsas européias fecharam em alta nesta terça-feira (28/10), com um mercado esperançoso de uma redução da principal taxa de juros do Banco Central Europeu (BCE). A sessão, no entanto, foi agitada e um mercado ainda temeroso de uma recessão mundial. O principal índice da Bolsa de Frankfurt, o Dax, disparou nesta terça-feira e fechou em alta de 11,28%, a 4.823,45 pontos, impulsionado pela escalada vertiginosa das ações da Volkswagen. Durante a manhã, a ação da primeira montadora européia se elevou até 1.005,01 euros, pelo movimento extraordinário de fundos especulativos e após a divulgação que a Porche possui 74,1% do capital da Volks. Paris fechou com índice CAC 40 em alta de 1,55%, a 3.114,92 pontos. O Footsie-100 de Londres ganhou 1,92%, a 3.926,38 pontos. Ásia Na Ásia, as Bolsas retomaram as altas com a procura por ações baratas no mercado. A Bolsa de Tóquio subiu 6,4% no fechamento após operar abaixo dos 7.000 pontos pela primeira vez desde 1982. A Bolsa de Seul (Coréia do Sul) teve ganhos de 5,57%; a de Xangai (China) subiu 2,44%; e Hong Kong subiu 14,35%. A Bolsa de Jacarta (Indonésia) perdeu 4,21% e a de Sydney (Austrália) caiu 0,34%. Possível redução Na segunda-feira, o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, afirmou que considera "possível" uma nova redução das taxas de juros na próxima reunião do comitê de política monetária do BCE, em 6 de novembro. "Considero possível que o BCE reduza as taxas em suas próxima reunião sobre este assunto em 6 de novembro, pois parece que a pressão inflacionária diminuiu", comentou Trichet durante entrevista em Madri, organizada pela agência Europa Press. Em um almoço, Trichet afirmou que a inflação na zona do euro "poderá se manter estável por algum tempo" e "irá se moderar em 2009" graças às quedas recentes das matérias-primas junto ao "grande enfraquecimento da demanda" dos últimos meses. O BCE decidiu em 8 de outubro passado reduzir os juros a 3,75%, ante os 4,25% que vinha mantendo, como parte de uma ação coordenada com vários bancos centrais. O BCE se comprometeu a reduzir suas taxas de juros contra a rápida degradação da economia na zona euro, que coloca em segundo plano as preocupações com a inflação. Estados Unidos Nos Estados Unidos, também se espera que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) reduza a taxa de juros, atualmente em 1,5%, nesta quarta-feira. No país, hoje o Conference Bord informou que a confiança do consumidor nos Estados Unidos caiu em outubro para o menor nível em 41 anos, com o mercado de ações em turbulência e as empresas dando início a demissões de empregados. O índice de confiança do consumidor caiu para 38 pontos, abaixo do dado revisado de setembro, de 61,4 pontos, e da projeção dos analistas de 52 pontos para o indicador.

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