Economia

Na Bahia, Lula defende a intervenção do Estado na crise financeira

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postado em 28/10/2008 17:11
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira (28/10), em Salvador (BA), uma ação do Estado para conter a crise financeira mundial e também no Brasil. "É o Estado quem tem a força politica para regular a economia do país e o sistema financeiro, e permitir que a utilizem com a mesma prática que um trabalhador utiliza o aumento de salário para comprar uma geladeira. Chegou a vez de a politica ocupar seu papel", afirmou. "Fazer valer a força da política não é um discurso ideológico, mas é para garantir o sistema financeiro, como governo, como qualquer outra instituição que tem liberdade para trabalhar, desde que não esteja causando prejuízo a sociedade", acrescentou Lula. O presidente ainda criticou os especuladores da economia brasileira. "O Brasil não precisava estar sofrendo essa crise. O nosso sistema financeiro não está metido no subprime. O governo tem R$ 504 bilhões para investimento até 2010. Entretanto, por que estamos vivendo sinais da crise? Porque alguns setores da economia brasileira resolveram investir numa coisa chamada derivativos, resolveram ganhar um pouco mais ao construir um cassino para ganhar com a especulação com a desvalorização do dólar e a valorização do real", disse. "Portanto, quem foi para a jogatina perdeu. Ninguém tinha o direito de tentar de forma ilícita ganhar mais do aquilo que o sistema produtivo do país oferecia a eles", concluiu. Agenda com Portugal Lula foi à capital baiana para um encontro com o primeiro-ministro português, José Sócrates. Participaram também da reunião dos líderes os ministros brasileiros da Cultura, Juca Ferreira; das Relações Exteriores, Celso Amorim; do Turismo, Luiz Barreto; das Comunicações, Hélio Costa; das Cidades, Márcio Fortes; e do Desenvolvimento e Comércio Exterior, Miguel Jorge. Durante a manhã, Lula e Sócrates tiveram uma reunião de trabalho bilateral, visando reforçar as relações econômicas e comerciais entre o Brasil e Portugal e assinaturas de acordos entre o governo do Estado da Bahia, a Universidade Federal da Bahia e a Portugal Telecom.

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