Economia

Petróleo cai em NY com dados negativos sobre economia

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postado em 28/10/2008 18:09
Os preços do petróleo fecharam em queda nesta terça-feira (28/10), apesar da alta dos demais mercados e da elevação registrada na abertura. Os contratos do barril do petróleo cru para entrega em dezembro, na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), encerraram cotados a US$ 62,73, em baixa de 0,77% em relação ao fechamento anterior. "Há dados econômicos muito negativos, sobretudo sobre a confiança dos consumidores e as cifras sobre o consumo de gasolina", disse Antoine Halff, do Newedge Group. Nos Estados Unidos, a confiança do consumidor caiu em outubro para o menor nível em 41 anos, com o mercado de ações em turbulência e as empresas dando início a demissões de empregados. O Conference Bord informou hoje que o índice de confiança do consumidor caiu para 38 pontos, abaixo do dado revisado de setembro, de 61,4 pontos, e da projeção dos analistas de 52 pontos para o indicador. "O petróleo continuava assim com sua tendência profunda, sempre de baixa", disse Halff. O mercado não aproveitou o retorno do otimismo das Bolsas, principalmente em Wall Street, que subia mais de 300 pontos na hora do fechamento do mercado de petróleo. Redução na produção As ameaças da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em voltar a reduzir a produção não pesaram sobre o mercado. O secretário geral do cartel, Abdallah Salem El-Badri, disse nesta terça-feira em Londres que pode cortar novamente sua produção se os preços do petróleo continuarem caindo. Em reunião de emergência na última sexta-feira (24/10), a Opep decidiu cortar a produção em 1,5 milhão de barris por dia, para tentar reverter a queda dos preços internacionais. "Vamos ter que esperar e ver como os mercados vão reagir", afirmou El-Badri, ressaltando que se a queda de preços continuar, a organização fará um novo corte na produção. O preço recorde do barril foi registrado em julho deste ano, a US$ 147 o barril do petróleo cru em NY. Desde então, os preços caíram a mais da metade. "Os países afetados pela crise financeira não devem contar com os membros da Opep para sair dela", advertiu El-Badri. A vigilância da Opep funciona em sentido oposta às inquietudes sobre a economia mundial, dada que a desaceleração faz temer pela demanda de petróleo e o corte na produção pode incentivar o movimento ainda mais, segundo analistas. "A demanda norte-americana se contrai a taxas mais rápidas em 20 anos", informaram analistas da Merrill Lynch, que corrigiram para baixo suas previsões para o fim do ano, a US$ 78 o barril. Em caso de recessão mundial em 2009, os preços podem chegar a US$ 50, segundo os analistas.

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