Jornal Correio Braziliense

Economia

Petrólífera da Rússia defende entrada do país na Opep

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O vice-presidente da companhia petrolífera Lukoil, Leonid Fedun, defendeu hoje a entrada da Rússia na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e sugeriu que Moscou se some aos cortes de extração para elevar o preço do barril. "O futuro do setor petroleiro e a estabilidade dos preços do petróleo passam por uma integração mais estreita entre a Rússia e a Opep, ou inclusive pela entrada nesta organização", declarou Fedun durante uma conferência em Moscou, segundo a agência "Interfax". O empresário lembrou que as regiões que ajudaram a superar a "crise artificial" de meados da década de 1970, como o Golfo do México, o Mar do Norte e a própria Rússia, hoje estão em uma fase de queda da extração, enquanto a parte que corresponde à Opep na extração global aumenta. Fedun ressaltou que a Rússia ultimamente intensificou sua cooperação com o cartel. Dirigentes de importantes petrolíferas russas - incluindo o chefe da Lukoil, Vaguit Alekpérov - participarão da próxima reunião. O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, afirmou há uma semana que seu país está interessado em "preços estáveis e previsíveis" do petróleo, em reunião em Moscou com o secretário-geral da Opep, o líbio Abdalla Salem El Badri. Dias antes o presidente rotativo da Opep e ministro da Energia da Argélia, Chakib Khelil, tinha pedido aos países produtores não-membros da Opep, como a Rússia e Noruega, a apoiar a medida. Fedun previu hoje que a produção de petróleo na Rússia se reduzirá em 2009 entre 1% e 1,5%, apesar de afirmar que a Lukoil no ano que vem conseguirá aumentar sua própria produção de petróleo em 1% a 1,5% e a de gás em um 3% a 4%.