Economia

Manutenção da Selic 'não favorece país', diz indústria

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postado em 29/10/2008 20:37
A indústria criticou nesta quarta-feira a manutenção, pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), da taxa básica de juros em 13,75% ao ano. "No quadro em que se encontra a economia, medida não favorece o país", afirmou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) por meio de nota. "O mundo se desdobra na intenção de restabelecer níveis adequados da atividade econômica. Evita-se, a todo o custo, a recessão. Para isso, o bom funcionamento do sistema de crédito é ação fundamental e a redução de juros é medida auxiliar", afirma a Fiesp, que afirma que a decisão de hoje contradiz as ações do BC para liberar mais crédito no mercado. A entidade cita o Federal Reserve (Fed, o bancon central americano), que em reunião também hoje decidiu reduzir sua taxa de juros de 1,5% para 1% ao ano, nível visto pela última vez em maio de 2004. "Os demais bancos centrais do mundo estão indicando possibilidade de redução de taxa de juros, excluindo apenas os países em dificuldades financeiras, o que decididamente não é o caso do Brasil", afirma a Fiesp. "Em razão da crise internacional, a escassez e o encarecimento do crédito, bem como a conseqüente redução da atividade econômica chegaram por outra via. Isto é, o medo de risco dos agentes produziu redução e encarecimento do crédito, muito maiores que o pretendido pelo Copom no processo de aumento de Selic."

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