Economia

Bovespa avança 5,90%; dólar retrai 1,21%, a R$ 2,117

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postado em 30/10/2008 12:12
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) acelera o ritmo de ganhos nesta quinta-feira, em seu terceiro dia consecutivo de valorização das ações. O mercado recebeu bem a estimativa inicial do governo americano para o PIB do terceiro trimestre, que encolheu menos do que o temido por economistas do setor financeiro. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, ascende 5,90% e atinge os 36.900 pontos. O giro financeiro é de R$ 1 bilhão. O governo dos EUA divulgou hoje que o PIB nacional encolheu 0,3% no terceiro trimestre deste ano. Trata-se de um número preliminar, que deve ser novamente revisado no dia 25 de novembro. Economistas do setor financeiro esperavam um decréscimo da ordem de 0,5%. O dólar comercial é negociado a R$ 2,117 para venda, o que representa um decréscimo de 1,21% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 472 pontos, número 3,08% abaixo da pontuação anterior. O Banco Central informou que vai realizar três leilões de venda de moeda com um compromisso de recompra ainda nesta quinta-feira, entre as 14h45 e 15h. Os leilões terão recompra em três dias distintos: 1 de dezembro de 2008, 2 de janeiro de 2009 e 2 de fevereiro de 2009. O BC também marcou um leilão de "swap" cambial para as 12h45, com oferta de 30 mil contratos. As Bolsas européias e americanas operam em terreno positivo: em Londres, a Bolsa local avança 1,97%, em Frankfurt, o índice Dax sobe 3,89%. Nos EUA, a Bolsa de Nova York ganha 2,25%. Ontem, o mercado recebeu bem a notícia de que o Federal Reserve (banco central americano) reduziu a taxa de juros local de 1,5% ao ano para 1%, em linha com as expectativas dos analistas, deixando a "porta aberta" para novos ajustes. Economistas esperam uma onda mundial de relaxamento da política monetária, como forma de estimular a economia global, à beira de recessão: tanto o BCE (Banco Central Europeu) quanto o BoJ (banco central japonês) já sinalizaram que seguir o exemplo do "Fed" americano em suas próximas decisões de política monetária. No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, como esperado. O curto comunicado divulgado após a reunião deixou o mercado dividido entre aqueles que ainda vêem espaço para uma redução da taxa ainda neste ano, e aqueles que não descartam até mesmo uma retomada do ciclo de alta na próxima reunião, marcada para dezembro. A expectativa se concentra agora sobre a ata da reunião de ontem, que será divulgada na semana que vem. Entre as primeiras notícias do dia, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) informou que a inflação medida pelo IGP-M, utilizado para o reajuste dos aluguéis, teve alta de 0,98%, ante 0,11% em setembro. Analistas do mercado esperavam uma variação de 0,95%.

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