Jornal Correio Braziliense

Economia

Bovespa avança 4,50%; dólar cai a R$ 2,10

;

As ações brasileiras continuam em recuperação com o investidor voltando às compras após um período contínuo de perdas. O corte nos juros primários promovido nos EUA e em outros países, o encolhimento do PIB americano menos grave que o temido por analistas contribuiu para o dia positivo nos mercados internacionais. O Ibovespa, índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) que reflete os preços das ações mais negociadas, sobe 4,50% e alcança os 36.421 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,43 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York avança 1,34%. O dólar comercial é cotado a R$ 2,105 na venda, em declínio de 1,77%. A taxa de risco-país marca 476 pontos, número 2,25% abaixo da pontuação anterior. O Banco Central realizou um leilão de "swap" cambial, colocando no mercado US$ 979,3 milhões desses contratos. No início da tarde, a autoridade monetária promoveu três leilões de venda com compromisso de recompra. Foram aceitas quatro propostas, no montante total de US$ 860 milhões. O governo dos EUA divulgou hoje que o PIB nacional encolheu 0,3% no terceiro trimestre deste ano. Trata-se de um número preliminar, que deve ser novamente revisado no dia 25 de novembro. Economistas do setor financeiro esperavam um decréscimo da ordem de 0,5%. Copom e Fed. Baixa de juros Ontem, o mercado recebeu bem a notícia de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) reduziu a taxa de juros local de 1,5% ao ano para 1%, em linha com as expectativas dos analistas, deixando a porta aberta para novos ajustes. Economistas esperam uma onda mundial de relaxamento da política monetária, como forma de estimular a economia global, à beira de recessão: tanto o Banco Central Europeu (BCE) quanto o BoJ (banco central japonês) já sinalizaram que seguir o exemplo do Fed em suas próximas decisões de política monetária. No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, como esperado. O curto comunicado divulgado após a reunião deixou o mercado dividido entre aqueles que ainda vêem espaço para uma redução da taxa ainda neste ano, e aqueles que não descartam até mesmo uma retormada do ciclo de alta na próxima reunião, marcada para dezembro. A expectativa se concentra agora sobre a ata da reunião de ontem, que será divulgada na semana que vem. Entre outras notícias do dia, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) informou que a inflação medida pelo IGP-M, utilizado para o reajuste dos aluguéis, teve alta de 0,98%, ante 0,11% em setembro. Analistas do mercado esperavam uma variação de 0,95%.