postado em 30/10/2008 16:23
As bolsas americanas sustentam a alta no pregão desta quinta-feira, animadas pelos resultados satisfatórios no mercado corporativo e pelo fato de o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas de um país) americano ter recuado menos que o esperado pelos analistas.
Às 16h07 (em Brasília), a Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês) operava em alta, com ganhos de 1,55% no índice Dow Jones Industrial Average, que ia para 9.132,58 pontos, e de 1,76% no índice S 500, que ia para 946,47 pontos. Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite operava em alta de 1,96%, indo para 1.689,75 pontos.
O PIB dos Estados Unidos encolheu 0,3% no terceiro trimestre, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Departamento de Comércio - no segundo trimestre, o PIB havia subido 2,8%. Trata-se da primeira retração no nível de atividade econômica do país desde a queda de 0,2% no quarto trimestre de 2007, e o pior resultado desde a baixa de 1,4% verificada no terceiro trimestre de 2001, quando os EUA sofreram uma aguda crise.
Porém, o que poderia ser considerado um motivo para as Bolsas caírem foi encarado de forma positiva pelo mercado, já que o número ficou acima das expectativas de analistas --que esperavam queda de 0,5%.
A Casa Branca reconheceu que os dados negativos refletem as dificuldades da economia americana, mas garantiu que a administração está trabalhando para retomar o crescimento e a criação de empregados daqui aos primeiros meses de 2009. "Os dados do PIB publicados hoje são fracos, mas não são inesperados", disse a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino.
O analista Michael Strauss, economista chefe do Commonfund, disse que Wall Street está aliviado pelo PIB não tão ruim quanto esperado, e na aparente eficiência das medidas anunciadas até agora.
Resultados corporativos
O mercado acionário americano também ficou animado com alguns resultados corporativos anunciados hoje.
O destaque foi a Exxon Mobil, a maior companhia petrolífera do mundo, que bateu o recorde de lucro trimestral das empresas americanas, que era dela mesmo, com o ganho de US$ 14,83 bilhões no terceiro trimestre. Já a gigante do setor de consumo Colgate-Palmolive postou lucro 19% maior no período e apontou otimismo para o final do ano e para 2009.
Por outro lado, a American Express informou que vai fechar 7 mil empregos, cerca de 10% de seu quadro de empregados nos Estados Unidos, como parte do esforço de cortar custos de US$ 1,8 bilhão em 2009.