Jornal Correio Braziliense

Economia

Dólar recua pelo quarto dia seguido, e fecha cotado a R$ 2,10

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A taxa de câmbio recuou pelo quarto dia nas operações desta quinta-feira (30/10), acompanhando o movimento de recuperação mundial das bolsas de valores. Nos últimos negócios de hoje, o dólar comercial foi vendido por R$ 2,105, o que representa um declínio de 1,77% sobre a cotação de ontem. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 2,240, estável sobre a taxa de quarta-feira. O Banco Central realizou um leilão de "swap" cambial, colocando no mercado US$ 979,3 milhões desses contratos. No início da tarde, a autoridade monetária promoveu três leilões de venda com compromisso de recompra. Foram aceitas quatro propostas, no montante total de US$ 860 milhões. Hoje, o presidente do BC, Henrique Meirelles, informou que as intervenções feitas no mercado de câmbio para segurar o dólar já somaram US$ 32,8 bilhões entre os dias 19 de setembro e 28 de outubro. Somente em contratos de "swap" cambial foram US$ 20 bilhões, ainda segundo Meirelles. Esses contratos funcionam como um instrumento que fornece proteção contra a alta do dólar e ajuda a segurar a cotação da moeda. "O que aconteceu é o que os americanos chamam de "pull back´, uma reação técnica após um período muito longo de baixa. Nós vimos o início dessa reação com muita força na terça-feira e com menos intensidade nos dias seguintes", comenta Mário Paiva, analista da corretora Liquidez. "Aquela linha de US$ 30 bilhões anunciada pelo BC, em conjunto com Fed, foi muito boa para o mercado. É como se o Fed dissesse: "se os bancos não quiserem emprestar para as empresas brasileiras, nós emprestamos´", acrescenta. Ontem à noite, o BC brasileiro e o Federal Reserve (banco central americano) anunciaram uma linha de "swap" de US$ 30 bilhões para troca de dólares por reais. De acordo com o órgão brasileiro, a linha será utilizada para incrementar os fundos disponíveis para as operações em dólares feitas pelo BC no Brasil.