postado em 30/10/2008 21:15
O Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou nesta quinta-feira (30/10) a ampliação dos recursos destinados ao programa Revitaliza, que dá crédito aos exportadores, de R$ 3 bilhões para R$ 4 bilhões. Esse programa é administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e é destinado a ajudar companhias exportadoras, chamadas na época do lançamento da iniciativa como "órfãos do câmbio"
Além de aumentar o volume de dinheiro disponível, o CMN aprovou o fim do limite que restringia o acesso ao crédito para empresas com faturamento anual de até R$ 300 milhões. Segundo o secretário-adjunto da Política Econômica do Ministério da Fazenda, Diogo Oliveira, essa decisão vai permitir que grandes companhias também tenham acesso à linha de crédito. Há, contudo, nova restrição que permite que um mesmo grupo econômico - como uma holding - tome no máximo R$ 100 milhões em crédito no programa
Ao mesmo tempo, o CMN aprovou o aumento da taxa de juros praticada no Revitaliza, de 7% para 9% ao ano. O órgão também acabou com o bônus de 20% sobre os juros concedido para empresas com pagamentos em dia. Oliveira diz que, mesmo com o câmbio em novo patamar - situação que beneficia exportadores -, o setor ainda precisa de ajuda diante do novo cenário econômico global, que tem desaceleração da atividade nas economias maduras