postado em 31/10/2008 12:03
Em ato que pede a manutenção de 54 mil postos de trabalho por conta da fusão do Santander e do Banco Real, bancários do grupo espanhol no Brasil atrasaram o início dos trabalhos nesta sexta-feira (31/10) nos centros administrativos em Santo Amaro. Também houve protesto em frente a agências da avenida Paulista, por volta das 7h.
Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o ato prevê ainda distribuição de carta aberta, além da divulgação de comunicado em emissora de rádio. O objetivo é que o protesto chegue ao presidente mundial do Grupo Santander, Emílio Botín, que está em São Paulo para anunciar o "plano estratégico" da fusão das operações das instituições.
Em junho, o Santander afirmou que não deveria fazer cortes significativos nem abrir programas de incentivo a demissões. Isso porque a alta rotatividade dos funcionários mitigaria a necessidade de eventuais demissões. Com a crise nos mercados, a promessa poderá ser revista. A expectativa é que a rotatividade se reduza e que os negócios não cresçam com a velocidade imaginada.
Apesar da fusão das operações já ter sido anunciada, o Santander voltou atrás em seu projeto inicial de trabalhar apenas com uma marca e decidiu manter o nome Banco Real no país, diferentemente do que aconteceu após a incorporação do Banespa a partir do final de 2000. Isso pode ajudar a manter o quadro de fucnionários.