Economia

Petróleo fecha em alta, mas perdeu 32,6% no mês

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postado em 31/10/2008 19:08
Os preços do petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira em Nova York graças à recuperação de Wall Street, que amenizou os temores de um desabamento da demanda provocado pela desaceleração econômica mundial. No mês, no entanto, os preços caíram 32,6%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o barril do petróleo cru para entrega em dezembro fechou em US$ 67,81, um aumento de 2,8% em relação ao fechamento de quinta-feira. O barril em NY fechou em baixa em três pregões da semana e hoje mostrava essa mesma tendência durante grande parte do dia, mas, à medida que se aproximava do fechamento, as compras de contratos acabaram se intensificando. O barril de petróleo brent (de referência na Europa) subiu 2,5% e fechou a US$ 65,32 na ICE Futures (Bolsa Intercontinental de Futuros de Londres, na sigla em inglês), apesar de ter chegado a cair no dia até US$ 3 devido aos dados sobre a redução dos gastos e a queda da confiança dos consumidores nos Estados Unidos. "Os preços foram sustentados por um aumento da confiança, em um momento em que os mercados de ações parecem estar se restabelecendo", explicou Bart Melek, da BMO Capital Markets. Os preços do petróleo caíram mais de 50% desde o pico do mês de julho, quando atingiram US$ 147. Os investidores temem uma recessão generalizada capaz de afetar de forma duradoura a demanda de petróleo. A Bolsa de Nova York disparou no fim da sessão desta sexta-feira e animou o mercado. "O mercado também começa a se preocupar com uma eventual redução da oferta", acrescentou Malek. Opep A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) anunciou na semana passada uma redução de sua produção em 1,5 milhão de barris por dia para tentar conter a queda dos preços. "A Opep pode multiplicar as declarações anunciando novos cortes da produção", alertou o analista da BMO. O ministro da Energia da Venezuela disse quinta-feira que é preciso reduzir "no mínimo" em um milhão de barris por dia a oferta de petróleo da Opep, "em dezembro ou até antes" se for necessário.

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