Economia

Bolsas de NY sem tendência definida, à espera de dados macroeconômicos

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postado em 03/11/2008 14:10
As Bolsas americanas iniciaram negociações nesta segunda-feira (03/11) próximo da estabilidade, enquanto os investidores esperam pela divulgação de dados macroeconômicos que ocorrem nesta semana, como as de gastos com construção, venda de carros e atividade industrial. Às 13h10 (horário de Brasília), o Dow Jones Industrial Average --principal indicador da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês)-- avançava 0,17%, a 9.340,86 unidades, enquanto ampliado S 500 recuava 0,08%, a 968,01 unidades. Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o índice Nasdaq Composite tinha alta de 0,66%, para 1.732,38 pontos. Os dados que serão divulgados nesta semana são importantes para os investidores porque elas podem sinalizar se o país entrará ou não em recessão, que seria causada pela crise financeira global e a redução do consumo --principal motor da economia local. Os dados mais importantes são a atividade industrial de outubro, que será divulgada na quarta-feira pelo ISM (Instituto de Gestão de Oferta, na sigla em inglês); os dados de construção do Departamento de Comércio; e as de vendas de veículos em outubro, a serem divulgadas pelas montadoras. Enquanto os dados não aparecem, o mercado age com cautela. Aos poucos a crise de confiança no mercado bancário está diminuindo, o que reduz os problemas de crédito para a "economia real". Além disso, o processo de desalavancagem dos fundos de investimento também está em sua fase final, o que diminui a pressão de venda de ações. Um sinal de que a crise creditícia está se acalmando é o recuo da a taxa Libor ("London Interbank Offered Rate") para empréstimos de três meses em dólares. A taxa hoje é de 2,86%, contra 3,03% de sexta-feira. A Libor é a referência para cobrança de juros por empréstimos que as maiores instituições bancárias fazem entre si. Por isso, ela é utilizada como base para que os bancos calculem os juros que cobram em outros empréstimos. Em compensação, o temor do efeito da possível recessão sobre o desempenho das empresas ainda é um fator negativo para os investidores. Depois da crise do crédito, os consumidores tendem a consumir menos, afetando as vendas --e, consequentemente, o lucro.

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