Economia

Bolsas européias fecham em alta, mesmo com previsões negativas

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postado em 03/11/2008 15:29
As bolsas européias fecharam em alta nesta segunda-feira (3/11), a exemplo dos mercados asiáticos. A queda nos juros para empréstimos entre os bancos animou os investidores, que esperam crédito mais acessível a empresas e consumidores. Na contramão do otimismo, a Comissão Européia, o órgão executivo da União Européia (UE), avaliou nesta segunda-feira que a zona do euro já está em recessão e ficará nessa situação até 2009. A Bolsa de Paris fechou nesta segunda-feira em alta de 1,17% em seu índice CAC 40, que ficou nos 3.527,97 pontos. Londres também teve um ganho, de 1,51%, em seu índice FTSE-100, a 4.443,28 pontos. Na Alemanha, o índice DAX de Frankfurt progrediu mais timidamente, 0,62%, a 5.018,85 pontos. O índice Ibex-35 da Bolsa de Madri subiu 1,27% e fechou a 9.231,80 pontos. Na Ásia e região, a Bolsa de Hong Kong subiu 2,69%; a da Austrália fechou com alta de 4,78%; na Coréia do Sul, a Bolsa registrou ganhos de 1,44%; a Indonésia avançou 7,72%; a da China teve baixa de 0,52% perto do fim do dia, com o resultado da queda das exportações no PIB (Produto Interno Bruto) chinês neste ano. A agência de notícias Xinhua citou que o país crescerá 9,4% contra 11,4% em 2007, devido à desaceleração da demanda externas por produtos chineses. Em Wall Street, as Bolsas iniciaram sem tendência definida, com somente o índice Nasdaq operando no vermelho, mas sem muita intensidade. Às 15h20, no entanto, o Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, já tinha passado para o azul, com alta de 0,51%, aos 9.372,48 pontos, assim como o S 500, com leve expansão de 0,25%, aos 971,13 pontos. O índice Nasdaq, de elevado componente tecnológico, sobe 0,78%, aos 1.734,29 pontos. A Comissão Européia, o órgão executivo da União Européia, avaliou nesta segunda-feira que a zona do euro já está em recessão e ficará nessa situação até 2009, segundo novas previsões econômicas. A comissão atribui a contração ao efeito da crise financeira, junto com a correção do setor imobiliário em muitos países-membros. O Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas de um país) dos países da região que utiliza a moeda comum começou a se contrair no segundo trimestre de 2008 (-0,2%) e, segundo a comissão, voltou a perder força no terceiro (-0,1%) e seguirá caindo no quarto (-0,1%), para começar uma lenta recuperação a partir de 2009. Juros Na Ásia, as taxas de juros interbancários recuaram, o que favoreceu as altas dos índices: a taxa Hibor, para empréstimos de três meses entre os bancos em Hong Kong, caiu para 3,08%, menor em seis semanas. A taxa de empréstimos de três meses entre os bancos de Cingapura, ou Sibor, caiu para 3,09%, a menor desde 16 de setembro deste ano. Em Londres, a taxa Libor (para empréstimos de três meses em dólares e libras entre bancos) caiu para 3,03% na semana passada. Os membros do comitê de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) devem se reunir no próximo dia 6 de novembro, e a expectativa dos analistas é de uma redução de meio ponto percentual na taxa de juros do banco, que deve cair para 3,25% ao ano. O Banco da Inglaterra (banco central britânico) deve também cortar sua taxa de juros em meio ponto percentual, para 4%. Na semana passada, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) reduziu sua taxa de juros de 1,5% para 1% ao ano, depois de, também em outubro, ter reduzido sua taxa em caráter emergencial, de 2% para 1,5%, em uma ação coordenada com outros bancos, incluindo o BCE e o BC britânico. A redução nos juros pode facilitar a concessão de empréstimos entre as instituições bancárias e pode resultar em uma volta ao normal nas atividades dos mercados de crédito. Com isso, o fluxo de empréstimos e financiamentos para pessoas e empresas pode aos poucos voltar ao normal e reativar a economia mundial, afetada desde o ano passado, mas de maneira mais acentuada desde setembro deste ano, pela crise financeira.

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