postado em 03/11/2008 16:20
Apesar de a fusão do Unibanco e do Itaú ter sido oficialmente anunciada, o impacto da operação sobre a concorrência no sistema financeiro ainda não começou a ser analisado pelo governo. Em nota oficial divulgada nesta segunda-feira (3/11) à tarde, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) informou que precisa ser notificado para começar a avaliar os efeitos da fusão sobre o setor bancário do país.
De acordo com o Cade, o Unibanco e o Itaú têm até 15 dias úteis para comunicar a operação. O prazo vale a partir da assinatura do primeiro documento que vincula as duas instituições financeiras.
Mesmo após iniciar os trabalhos sobre o caso, o Cade, segundo a nota, não se pronunciará sobre a fusão. A nota diz ainda que a lei proíbe o conselho de se manifestar sobre processos em julgamento.
Quanto aos riscos para a segurança do sistema financeiro, o Cade informou que essa avaliação cabe ao Banco Central.
A união entre o Unibanco e o Itaú cria o maior banco do país e, de acordo com as duas instituições, o maior grupo financeiro do hemisfério sul. A soma dos ativos dos bancos atinge R$ 575 bilhões, valor superior aos R$ 403,5 bilhões do Banco do Brasil, até então o maior banco do país, e aos R$ 348,4 bilhões do Bradesco, que era o maior banco privado brasileiro.