Economia

Fim de eleições dos EUA levou esperança a bolsas de todo o mundo

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postado em 04/11/2008 19:53
As bolsas européias e das Américas registravam fortes lucros nesta terça-feira (3/11), à medida que se aproximava o desfecho da histórica eleição presidencial nos Estados Unidos, com investidores esperançosos de que um novo líder traga soluções para a crise financeira. Os sólidos ganhos em Nova York deram um ímpeto adicional às bolsas européias, que fecharam em forte alta, após um dia de tendências mistas na Ásia. Em Nova York, o Dow Jones registrou um lucro de 3,28% e o Nasdaq, de 3,12%. Europa A Bolsa de Londres fechou com 4,42% em seu índice Footsie-100, que ficou nos 4.639,50 pontos nesta terça-feira. O índice Dax de Frankfurt teve forte alta de 5% a 5.278,04 pontos, enquanto Paris registrou sua sexta alta consecutiva, com o CAC 40 ganhando 4,62% a 3.691,09 pontos. Já o índice Ibex-35 de Madri progrediu 5,36% e alcançou os 9.726,80 pontos. América Latina A Bolsa de São Paulo, principal da América Latina, subiu 5,24% a 40.254 puntos, enquanto o índice líder Merval da Bolsa de Buenos Aires saltou nesta terça-feira 6,19%, fechando em 1.123,11 pontos, em sintonia com as principais praças do mundo. Ásia A bolsa japonesa encerrou a sessão em alta de 6,27%. A disparada está, no entanto, mais ligada a uma conjuntura local. Os resultados ficaram mistos nas demais Bolsas asiáticas. A Bolsa de Seul ganhou 2,2% e a de Hong Kong, 0,28%. Taipei, por sua vez, terminou o pregão em equilíbrio (-0,05%), enquanto Xangai (-0,76%), Sydney (-0,2%), Wellington (-0,43%) e Manila (-1,1%) fecharam com perdas moderadas. "Os investidores têm fortes expectivas" de que o próximo presidente dos Estados Unidos tome uma atitude na área econômica, afirmou Saburo Matsumoto, analista da Sumitomo Trust Bank de Tóquio. Obama é impulso "A melhoria foi impulsionada sobretudo porque hoje é dia de eleições", disse Patrick O'Hare, da consultoria Briefing.com. Favorito nas pesquisas, o democrata Barack Obama baseou sua campanha em uma mensagem de mudança e esperança, tentando se tornar o primeiro presidente afro-americano dos Estados Unidos, enquanto seu rival republicano, John McCain, vangloria-se de seu passado militar e de sua experiência política, mas precisa de uma virada quase milagrosa para sair das urnas como vencedor no pleito desta terça-feira. Os corretores financeiros esperam que o substituto de George W. Bush atue diretamente para combater a crise financeiras, tomando medidas adicionais para reverter a tendência de recessão na primeira economia mundial. "A reação dos mercados financeiros dependerá da decisiva vitória pela presidência, assim como os resultados da Câmara e do Senado", estimou David Keeble, analista da Global Head of Interest Rate Strategy. "Acreditamos que uma vitória decisiva para os democratas no Senado, junto com a eleição do senador Obama (...) estimularão o apetite pelo risco", acrescentou. "Todos os olhos estão voltados para a eleição presidencial desta terça-feira nos Estados Unidos, principalmente porque uma vitória de Obama é bastante esperada - e os mercados financeiros, pelo visto, já a dão como certa", ponderou Rodrigo Guimarães, analista da Barclays Capital. "Pensamos que uma vitória de Obama levará a uma política fiscal mais expansiva e a um espírito mais protecionista na Casa Branca", acrescentou. "A curto prazo, no entanto, uma vitória de Obama, combinada com uma maioria forte no Senado (...) permitirá que Washington responda com mais iniciativas no gerenciamento da crise financeira", concluiu Guimarães.

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