postado em 05/11/2008 11:24
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) "volta à realidade" após o intervalo em tom otimista desta terça-feira (4/11), quando Wall Street subiu com as expectativas positivas em torno da eleição de um novo mandatário para os EUA. Embora haja certo otimismo sobre a crise financeira, com o incipiente retorno da liquidez ao sistema bancário, o foco das preocupações se concentra sobre a "economia real". Os analistas devem se debruçar sobre os impactos dessa crise sobre uma bateria de balanços corporativos previstos para esta quarta-feira (5/11).
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, retrocede 1,51% e marca 39.645 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em alta de 5,24%. Desde que atingiu o "fundo do poço" na semana passada, a Bovespa já valorizou cerca de 36%.
O dólar comercial é negociado a R$ 2,132 para venda, com avanço de 0,94% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 453 pontos, número 2% acima da pontuação anterior.
As Bolsas asiáticas ainda repercutiam o "entusiasmo" de Wall Street com as eleições e fecharam com fortes altas, a exemplo de Tóquio (4,46%) e Hong Kong (3,17%). Na Europa, a Bolsa de Londres cede 1,92% enquanto o mercado de Frankfurt recua 1,82%.
Entre as primeiras notícias do dia, a TIM Participações anunciou um lucro líquido de R$ 22,5 milhões no terceiro trimestre ante um prejuízo de R$ 126,9 milhões no terceiro trimestre de 2007 e de R$ 34,1 milhões no segundo trimestre deste ano.
O câmbio fez mais uma "vítima" entre as empresas brasileiras, após as perdas bilionárias da Sadia e Aracruz. A Braskem apurou prejuízo de líquido de R$ 849 milhões no terceiro trimestre deste ano, ante um lucro de R$ 132 milhões em idêntico período em 2007. Segundo a Braskem, o balanço teve um impacto cambial de R$ 1,351 bilhão no terceiro trimestre.
Já Gerdau registrou lucro líquido de R$ 1,42 bilhão no terceiro trimestre deste ano, forte alta de 37,2% em relação ao lucro registrado no mesmo período do ano passado (R$ 1,035 bilhão).