Economia

Mercado registra dólar a R$ 2,119, alta de 0,33%, nos últimos negócios

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postado em 05/11/2008 16:42
O dólar comercial foi negociado a R$ 2,119 para venda nas últimas operações registradas nesta quarta-feira, o que representa uma alta de 0,33% sobre a cotação de ontem. Analistas têm destacado que a relativa calmaria do mercado financeiro desde a semana passada, combinada com as ações do Banco Central, contribui para manter os preços da moeda americana oscilando na faixa de R$ 2 a R$ 2,15. O Banco Central realizou um leilão de "swap" cambial, em que os agentes financeiros tomaram US$ 475,6 milhões desses contratos, que oferecem proteção contra oscilações do câmbio. Profissionais do mercado também destacaram a iniciativa do BC para facilitar o acesso dos bancos aos leilões de dólares destinados a financiar o comércio exterior. Pelas novas regras, os participantes ficam livres da obrigação de apresentar garantias em títulos, como era exigido anteriormente. De acordo com o autoridade monetária, o acesso às linhas de financiamento ao comércio exterior, embora tenha melhorado, ainda continua em torno de 50% a 60% do nível regular. "É um momento de calmaria muito relativo (no câmbio), que se deve somente porque o Banco Central entrado diariamente para criar condições de liquidez. Se não fosse o BC, essa cotação estava mais alta", comenta Cristiano Zanuzo, diretor de câmbio da corretora Renova. "Realmente, tudo o que já foi feito até agora (pelos bancos centrais) ajudou bastante, mas não resolveu os problemas por conta dessa crise", acrescenta. O profissional da Renova ainda vê dificuldades no acesso a crédito para operações de comércio exterior, e "spreads" bastante abertos nas transações para compra e venda de moeda entre corretoras e bancos. O fato do dólar ter se estabilizado num patamar médio, no entanto, contribuiu para o retorno ao mercado de algumas empresas que estavam retraídas, com as oscilações bruscas do dólar no pior momento da crise. Notícias do dia Entre as principais notícias do dia, o Banco Central revelou que um montante de US$ 4,6 bilhões deixou o país em outubro, devido à crise financeira global. Segundo a autoridade monetária, trata-se do pior saldo desde janeiro de 1999, mês da maxidesvalorização do real, quando o Brasil abandonou o sistema de câmbio fixo. Somente na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), os investidores estrangeiros retiraram R$ 23 bilhões no mês passado. Alguns analistas defendem que, com os baixos preços das ações brasileiros, uma parcela desses recursos pode voltar nos próximos meses, com efeitos sobre a formação da taxa de câmbio.

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