Economia

Caixa Econômica já fechou R$ 11 bi em compras de carteiras de crédito

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postado em 05/11/2008 19:42
A Caixa Econômica Federal já adquiriu R$ 11 bilhões em carteiras de crédito de instituições bancárias de menor porte. A informação foi dada nesta quarta-feira (5/11) pela presidente da instituição, Maria Fernanda Ramos Coelho. Ela não disse de quem comprou foram compradas as instituições, mas adiantou que foram R$ 2 bilhões com desembolso à vista e cerca de R$ 9 bilhões em desembolsos previstos nos próximos três anos. Maria Fernanda deu a informação logo depois de anunciar o lucro líquido de R$ 722,5 bilhões obtido pela Caixa obteve no terceiro trimestre do ano, e disse que um dos pilares para o ;bom desempenho; foi exatamente a carteira de crédito, que cresceu 33% no acumulado do ano, em relação a igual período do ano passado. A Caixa, de acordo com Maria Fernanda, está focada no crédito, tanto para pessoa física quanto para empresas. Ela disse que não faltarão recursos até o final do ano e adiantou que o banco mantém suas carteiras em ;perfeito funcionamento;. Segundo ela, ;o crédito habitacional tem crescido de forma significativa, assim como o crédito para pessoa jurídica. ;Inclusive mantivemos nossas taxas de juros sem alterações nesse período;, ressaltou. Para ela, os fundamentos econômicos do país estão sólidos e o trabalhador continua com sua renda em expansão. ;Então, a condição dele (trabalhador) tomar crédito permanece, bem como a condição das empresas que estão produzindo;. Além do mais, disse ela, ;o governo garante os investimentos públicos, a Caixa continua com sua previsão de desembolsos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tudo isso assegura nossa estratégia de expansão do crédito;. Questionada se a fusão entre os bancos Itaú e Unibanco ameaça de alguma forma a estratégia de expansão da Caixa, Maria Fernanda disse que não. ;Nós vamos continuar a crescer;, afirmou. Ela disse que a fusão é uma operação importante no Sistema Financeiro Nacional (SFN), e admitiu que já havia previsões de que haveria operações nesse sentido, em virtude da crise financeira que abalou sistemas bancários de diferentes países. ;No nosso caso, encaramos com naturalidade e tranquilidade;, disse ela. MP 443 Quanto à Medida Provisória 443, que autoriza Banco do Brasil e Caixa a comprarem bancos em dificuldade, que tem gerado fortes debates no Congresso Nacional, Maria Fernanda torce para que seja aprovada. Ela acredita que ;haverá percepção dos parlamentares de que, além de ser uma medida preventiva, traz isonomia ao sistema, dando à Caixa autonomia de operar em segmentos até aqui proibidos;. De acordo com ela, o cidadão de baixa renda, que é a grande base de clientes da Caixa, será o grande beneficiado com a medida.

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