postado em 06/11/2008 08:39
Em meio à crise financeira que varreu o mundo todo, o G20 - grupo formado pelas maiores economias industrializadas e emergentes - se reunirá no fim desta semana, em São Paulo, com a missão de discutir medidas que possam minimizar os estragos da turbulência na economia real nos próximos dois anos.
A repercussão da volatilidade financeira vivida nos últimos meses no crescimento dos países em 2009 e 2010 e o impacto na inflação e no câmbio serão o centro dos debate dos ministros da Fazenda e dos presidentes dos bancos centrais.
Na avaliação da diretora de Assuntos Internacionais do Banco Central, Maria Celina Arraes, com a globalização que se vive hoje, é preciso ter políticas coordenadas para evitar que ações isoladas de um país acabem acentuando problemas nas economias vizinhas, como aconteceu após a crise econômica de 1929.
Para ela, após medidas tomadas de forma isolada para tentar combater o estouro inicial da crise, as economias "sentiram na pele que é necessária uma coordenação".
Para o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Marcos Galvão, os emergentes estão confirmados como "parte da solução da crise ao manterem um crescimento mais elevado nos próximos anos, contribuindo para que a desaceleração mundial não seja tão acentuada".