Economia

Bolsas de NY recuam com dados ruins de emprego e varejo

;

postado em 06/11/2008 13:44
As Bolsas americanas voltaram a operar em baixa nesta quinta-feira (6/11), com o mercado repercutindo negativamente os dados de vendas do varejo e dos pedidos de seguro-desemprego em outubro. Às 13h20 (horário de Brasília), o Dow Jones Industrial Average - principal indicador da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) - recuava 1,06%, a 9.042,74 unidades, enquanto ampliado S 500 perdia 1,26%, a 940,81 unidades. Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o índice Nasdaq Composite tinha baixa de 1,14%, para 1.662,43 pontos. Segundo o índice ICSC-Goldman Sachs, as vendas do varejo caíram 1% sobre setembro, para o nível mais baixo neste mês desde 1969 - quando o índice foi criado. Em setembro o indicador subiu 1%; Porém, o indicador foi "inflado" pelo bom desempenho do Wal-Mart, a maior rede de supermercados do país, que subiu 2,4%. Sem o gigante do varejo, a queda do índice despenca para 4,6%. O dado traz preocupação, segundo os analistas, para as lojas especializadas ou pequenas. Já o Departamento de Trabalho informou que o número de cidadãos que estão recebendo o seguro-desemprego teve um incremento para 3,84 milhões de pessoas (122 mil segurados a mais). Trata-se do número mais alto desde 1983. Já o total de solicitações iniciais dos benefícios atingiu 481 mil na semana passada, com redução em 4.000 pedidos sobre a semana imediatamente anterior. Analistas do setor financeiro previam um número em torno de 480 mil solicitações. A queda poderia ser maior se não fossem os cortes nas taxas de juros implantadas, entre outros, pelos bancos centrais da zona do euro (Banco Central Europeu) e inglês (Banco da Inglaterra) - um sinal que as autoridades monetárias do Velho Continente estão agindo mais agressivamente contra a crise financeira global. O BCE reduziu a taxa básica de juros da zona do euro em 0,5 ponto percentual, para 3,25% ao ano. Já o Banco da Inglaterra agiu mais fortemente: cortou os juros em 1,5 ponto percentual, para 3% ao ano. Preocupado com a desaceleração econômica global, o Fundo Monetário Internacional reviu hoje suas projeções de crescimento para 2008 e 2009. Segundo a instituição, o crescimento em 2008 será de 3,7%, ante previsão anterior de 3,9%. Já para 2009 a alta deve ser de 2,2%, contra 3% da previsão anterior - que foi divulgada há apenas um mês. Sobre os Estados Unidos, o FMI disse que o PIB (Produto Interno Bruto) terá retração de 0,7% em 2009 - na previsão anterior, a previsão era de crescimento de 0,1% para o país.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação