Economia

Bolsas da Ásia ficam indefinidas com cortes de juros e recessão

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postado em 07/11/2008 08:58
As principais Bolsas de Valores da Ásia fecharam a semana com tendências variadas refletindo a percepção dos investidores com a chegada da crise financeira à economia real. Os cortes de juros promovidos por bancos centrais da Europa e do Reino Unido deu fôlego a alguns mercados nesta sexta-feira (7/11). No Japão, a Bolsa de Tóquio caiu 3,55% com a desaceleração nas vendas da fabricante Toyota. A principal montadora japonesa de automóveis reduziu a previsão de lucro líquido para o exercício 2008-2009 e anunciou uma importante queda dos lucros no primeiro semestre - de 550 bilhões de ienes (cerca de US$ 5,6 bilhões), contra 1,25 trilhão de ienes na estimativa anterior. Em Sydney (Austrália), os negócios recuaram 2,43. Em outros mercados, os resultados foram positivos: Hong Kong (2,75%), Coréia do Sul (3,87%), Indonésia (1,76%) e China (1,75%). Para analistas, as altas foram causadas pelo ânimo gerado a partir dos cortes de juros do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra. Em geral, reduções das taxas de juros estimulam os mercados. A exceção, nesta quinta-feira (6/11), foram as quedas nas Bolsas na Europa e nos Estados Unidos. O Dow Jones despencou 4,85% e o Nasdaq, 4,34%, na Bolsa de Nova York. O BCE decidiu nesta quinta-feira reduzir a taxa básica de juros na zona do euro em 0,5 ponto percentual, para 3,25% ao ano, a fim de impulsionar o crescimento econômico e de acordo com o previsto pelos mercados financeiros. O Banco da Inglaterra (o BC inglês) também cortou os juros no país em 1,5 ponto percentual, para 3% ao ano. Nesta quinta-feira, o Fundo Monetário Internacional divulgou que o crescimento mundial será de 3,7% em 2008, ante previsão anterior de 3,9%. Já para 2009 a alta deve ser de 2,2%, contra 3% da previsão anterior - que foi divulgada há apenas um mês. A desaceleração, causada pela crise financeira global, será puxada especialmente pelos países desenvolvidos, que para o órgão terão retração pela primeira vez desde 1945. O informe especial indica que o conjunto dos países desenvolvidos terão queda no PIB (Produto Interno Bruto) de 0,3% em 2009.

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