Economia

FMI e grupo de países preparam empréstimo de US$ 6 bilhões para a Islândia

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postado em 07/11/2008 09:41
O Fundo Monetário Internacional (FMI), os países escandinavos, Reino Unido, Holanda e Polônia preparam um empréstimo de US$ 6 bilhões para a Islândia, um país à beira da falência por causa da crise financeira mundial, informou o ministério polonês das Finanças. "A Polônia decidiu se unir a um consórcio de países que oferecerão um respaldo financeiro à Islândia. O consórcio estará integrado provavelmente pelo FMI, os países escandinavos, Grã-Bretanha, Holanda e Polônia", destaca o ministério em um comunicado. "A previsão é de que o consórcio conceda à Islândia uma ajuda total de seis bilhões de dólares", acrescenta o texto. A contribuição polonesa seria de US$ 200 milhões. No mês passado, a ministra de Assuntos Exteriores islandesa, Ingibjorg Solrun Gisladottir, criticou o fato de o governo de Londres ter recorrido à legislação antiterrorista britânica para bloquear os ativos dos bancos islandeses no Reino Unido. Em carta aos parlamentares britânicos, ela protesta também contra o tom da linguagem utilizada pelos ministros do governo de Gordon Brown, aos quais responsabiliza pela "devastação" econômica sofrida pela Islândia. Gisladottir acusa inclusive o governo de Londres de ter provocado ataques contra os islandeses que visitam o Reino Unido, ao promover a hostilidade em relação à ilha. As relações entre os dois países chegaram a tal ponto de tensão que o primeiro-ministro islandês, Geir Haarde, ameaçou processar o governo britânico pelo recurso às leis antiterroristas. O banco islandês Kaupthing deu instruções a um escritório de advogados para que investigue a legalidade do confisco de sua filial britânica, Kaupthing Singer & Friedlander, segundo o dirário britânico "Independent". Em sua carta, a ministra de Exteriores islandesa expressa "surpresa" com as medidas adotadas pelo governo britânico e diz que seus compatriotas não podem entender "como se recorreu à legislação antiterrorista contra um estreito aliado e pacífico amigo". "Não tem nenhum sentido ver uma companhia islandesa na mesma lista que a Al Qaeda e os talebans no site do Ministério da Economia", escreve Gisladottir, segundo a qual as medidas tomadas por Londres tornam "extremamente difíceis" os negócios entre os dois países.

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