Economia

Ibedec alerta: uso de cartões de crédito e cheques pode facilitar fraudes

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postado em 07/11/2008 18:15
Acostumadas às facilidades proporcionadas por cheques e cartões de crédito, as pessoas fazem uso destes meios de pagamento todos os dias, sem atentar para as informações valiosas que eles contêm: nome completo, identidade e CPF no caso do cheque; e nome completo, número de identificação, data de validade e senha de segurança no caso do cartão de crédito. O Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec) alerta: é necessária atenção ao pagar por mercadorias com o ;dinheiro de plástico; ou com o talão de cheques. A entidade cita o caso de um morador do Distrito Federal que, acreditando estar fazendo uma operação segura, acabou sendo vítima de fraude e teve o nome negativado no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e na Central Serviços de Bancos S/A (Serasa). A inclusão ocorreu há mais de um ano, em agosto de 2007, e só no dia 31 de outubro deste ano o consumidor, que não quer ser identificado, conseguiu uma liminar junto à 6ª Vara Cível do DF para que seu nome fosse retirado dos cadastros de inadimplentes. Ainda assim, terá que passar ainda por audiências e aguardar o julgamento de mérito do seu processo antes de ter o nome limpo definitivamente. ;Ele não teve documentos perdidos nem nada que flagrantemente pudesse dar margem à fraude, então acreditamos que tenha sido por meio de cheques que ele deu, ou de pagamentos com cartão. Simplesmente apareceu um cartão de crédito do Banco PanAmericano no nome dele, com despesas que montam a mais de R$ 3,5 mil;, relata Geraldo Tardin, presidente do Ibedec. Segundo Tardin, a negativação do nome do consumidor foi descoberta quando este tentou fazer compras em um shopping do DF. ;Ele procurou o SPC e descobriu existir registro de um débido de R$ 520,81 junto ao PanAmericano. Foi à empresa, que nada fez. Então registrou boletim de ocorrência e voltou à empresa, que não retirou o nome dele dos cadastros de inadimplência e continuou a fazer cobranças, inclusive de uma conta de R$ 3 mil recentemente. Depois disso, nos procurou e fomos à Justiça;, informa. Captura de informações Geraldo Tardin explica que, capturando informações como nome, CPF e número da identidade, contidas no cheque, é possível facilmente conseguir mais dados sobre o alvo em vista - data de nascimento, via internet, por exemplo - e solicitar um cartão de crédito pelo telefone. ;As fornecedoras não são exigentes no momento de fornecer um cartão, mas são no momento de o cancelar. Tem que haver uma mudança, porque elas assumem um risco concedendo crédito com tanta facilidade, e deviam arcar com as conseqüências desse risco. Se não querem inadimplência e fraudes, que tenham mais critérios;, afirma o presidente do Ibedec. Ele lembra, ainda, que dados extraídos de um cartão de crédito ; número, validade e dígitos de segurança ; são aceitados sem problemas em compras pela internet e pelo telefone - para aquisição de passagens aéreas, por exemplo. Para Tardin, enquanto não houver alteração na política das empresas - que têm uma checagem falha no momento de emitir cartões e aceitar pedidos de compras ; um cuidado que o consumidor pode tomar para se precaver é usar exclusivamente dinheiro para pequenas compras ou em locais que lhe parecerem suspeitos. ;Já vi muitos locais em que o cartão do cliente é levado para longe para ser passado, sem que ele acompanhe a operação. Quem garante que uma pessoa má intencionada não vai copiar dados nesse meio tempo?;, diz. Serviço Ibedec ; 3345 2492 Procon-DF ; 151

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