Economia

Bolsas da Ásia fecham em alta com plano anticrise da China

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postado em 10/11/2008 08:31
Os mercados da Ásia fecharam com fortes altas nesta segunda-feira (10/11) com o plano de estímulo de US$ 586 bilhões anunciado pelo governo da China para impulsionar a demanda doméstica em meio à crise econômica mundial. As Bolsas de Valores chinesas operavam com ganhos, enquanto no Japão, os investidores se animaram com a medida chinesa. A Bolsa de Xangai (China) fechou com alta de 7,27%; a Bolsa de Tóquio (Japão) cresce 5,81%; em Hong Kong, o mercado subiu 3,52%; a Austrália teve ganhos de 1,33%; Coréia do Sul registrou alta de 1,58%. "Há a esperança de que se o pacote [do governo chinês] aumentar a demanda doméstica, ele poderá reanimar o mercado para empresas japonesas e ajudar a frear a desaceleração de Estados Unidos e Europa", afirmou Fujio Ando, da Chibagin Asset Management. Como estava previsto, os investimentos serão concentrados em infra-estrutura e bem-estar social. A agência não informou como o gasto extra será financiado. O pacote também inclui aumento no financiamento a pequenas e médias empresas. Segundo a Xinhua, a China investirá 100 bilhões de yuans em construção nacional neste trimestre e 20 bilhões de yuans no ano que vem para a reconstrução em áreas atingidas por desastres naturais. Preocupada com a desaceleração de sua economia e com a crise global, a China anunciou no fim de outubro o segundo corte da taxa de juros no mês, de 0,27 ponto percentual na taxa de juros - a taxa de empréstimos para um ano caiu, assim, de 6,93% para 6,66%. O PIB chinês cresceu 9,9% entre janeiro e setembro deste ano em relação ao ano passado, 2,3 pontos percentuais a menos que no mesmo período de 2007. Assim, o pacote de medidas destinadas a estimular a economia abrangerá até 2010 dez programas de impulso à vida da população, como casas para pessoas de baixa renda, infra-estruturas rurais, rede de transporte, ambiente, inovação tecnológica e reconstrução posterior aos desastres naturais. O teto creditício dos bancos comerciais também será suprimido, a fim de canalizar mais empréstimos para projetos prioritários, no interior do país, em pequenas e médias empresas, fusões e aquisições.

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