postado em 10/11/2008 09:00
As previsões de inflação feitas pelos economistas ouvidos pelo Banco Central tiveram forte alta na última semana. Segundo a pesquisa semanal Focus, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2008, que serve como meta para o BC, passou de 6,31% para 6,40%.
O resultado mostra que o resultado pode ficar acima do teto da meta de inflação neste ano. A meta de inflação é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta).
Para o próximo ano, a taxa prevista subiu de 5,06% para 5,20%. A estimativa para a inflação para os próximos 12 meses passou de 5,32% para 5,38%.
A previsão para outros índices de inflação em 2008 também teve alta na pesquisa. A expectativa do mercado para o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) em 2008 subiu de 10,61% para 10,95%; o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) teve a previsão aumentada de 10,92% para 11,07%. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica) passou de 6,44% para 6,54%.
Para 2009, a previsão para o IGP-DI subiu de 5,70% para 5,80%. A do IGP-M, de 5,50% para 5,85%. A do IPC-Fipe está em 4,70%.
Dólar
Em relação ao dólar a previsão para o final de novembro ficou estável em R$ 2,10. Para dezembro, a estimativa subiu de R$ 2,00 para R$ 2,05. Para o final de 2009, a previsão é que a taxa esteja em R$ 2,01.
Houve poucas mudanças nas previsões para a taxa básica de juros. Há duas semanas, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) decidiu manter a taxa Selic inalterada em 13,75% ao ano.
Os economistas esperam agora que o Copom também mantenha os juros estáveis na reunião de dezembro, a última deste ano. Para o final de 2009, a média das previsões recuou de 13,38% para 13,25% ao ano.
Em relação ao crescimento da economia, foi mantida a previsão de uma expansão de 5,23% neste ano. A expectativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas) em 2009 ficou em 3%.
Outros indicadores
A estimativa para o saldo da balança comercial em 2008 caiu de US$ 24 bilhões para US$ 23,82 bilhões. Para 2009, passou de US$ 13,05 bilhões para US$ 13,03 bilhões.
A expectativa para o déficit em conta corrente neste ano ficou em US$ 30 bilhões. Para 2009, passou de US$ 32,10 bilhões para US$ 31,65 bilhões.
Foi mantida a expectativa de investimentos estrangeiros diretos de US$ 35 bilhões em 2008. Para 2009, caiu de US$ 30 bilhões para US$ 26 bilhões.