Economia

Bolsas de NY abrem em alta com notícias corporativas

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postado em 10/11/2008 12:51
As Bolsas de Nova York abriram em alta nesta segunda-feira (10/11), com as matérias-primas (commodities) e as ações de empresas que as produzem também no terreno positivo, ajudadas pelo pacote de US$ 586 bilhões anunciado pela China para estimular a economia do país. O plano inclui gastos com infra-estrutura, ampliação do crédito e redução de impostos. Às 12h35 (de Brasília), o índice Dow Jones subia 1,91%, o Nasdaq 100 avançava 1,41% e o S 500 tinha alta de 1,80%. "Estamos observando um descongelamento gradual dos mercados monetários e de capitais de maneira geral", disse o economista Zach Pandl, do Barclay's Capital. A falta de indicadores macroeconômicos abre espaço para que a atenção se volte para o campo corporativo, no qual o principal destaque vai para a seguradora AIG. As ações da empresa disparavam mais de 40% no pré-mercado em Wall Street reagindo à reestruturação do plano de ajuda que receberá do governo dos Estados Unidos. Com as mudanças, o aporte à seguradora chega a US$ 152,5 bilhões e os novos termos exigem o pagamento de menos juros pela companhia e a liberam da exposição a alguns instrumentos financeiros arriscados. Também hoje, a AIG anunciou prejuízo líquido de US$ 24,47 bilhões no terceiro trimestre deste ano. Outra seguradora, a MBIA, cedia 12%, sentindo o efeito da redução de sua nota de risco de crédito (rating) de dívida pela agência de classificação de risco Moody's para nível "junk" (lixo, em inglês). Já varejista de aparelhos eletrônicos Circuit City despencava 53%, após pedir concordata, citando US$ 3,4 bilhões em ativos e US$ 2,3 bilhões em dívidas. O conglomerado financeiro HSBC perdia 1,7%, após dizer que seu lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebtida, na sigla em inglês) cresceu no período entre julho e setembro de 2008 com um ganho de US$ 3,4 bilhões relacionado à mudança do valor de sua própria dívida e à reclassificação de US$ 13 bilhões de ativos sob novas regras contábeis. O banco espanhol Santander, que anunciou um aumento de capital de US$ 9,3 bilhões por meio da venda de ações, cedia 6,1% no pré-mercado em Nova York. No setor de alimentos, McDonald's subia 3%, ajudada pelo aumento de 8,2% de suas vendas globais em lojas abertas há mais de um ano, em outubro. Apenas nos EUA, o aumento foi de 5,3%, sustentado pelo lançamento de novos produtos e promoções.

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