Economia

Bovespa fecha em leva alta de 0,30%, apesar de mau humor em NY

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postado em 10/11/2008 18:40
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) conseguiu concluir os negócios em alta, apesar do tom negativo de sua principal referência externa, a Bolsa de Nova York. O pacote chinês de US$ 586 bilhões contribuiu para recuperação dos preços das commodities (matérias-primas). As ações líderes da Bolsa brasileira, Vale e Petrobras, sustentaram a recuperação. O dólar fechou a R$ 2,19. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, valorizou 0,30% e atingiu os 36.776 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,45 bilhões, bem abaixo da média anual (R$ 5,8 bilhões/dia). Nos EUA, a Bolsa de Nova York opera em baixa de 1,91%. A ação preferencial da Petrobras, que sozinha movimentou R$ 674 milhões, teve ganho de 2,96%. A ação da Vale, com giro de R$ 554 milhões, avançou 3,90%. Em Nova York (Nymex), o barril de petróleo oscilou entre US$ 60 e US$ 65, mas atingiu US$ 62, em alta de 2%, na conclusão das operações. O dólar comercial foi cotado a R$ 2,192 na venda, o que representa um avanço de 1,48% sobre a cotação de sexta-feira. A taxa de risco-país marca 437 pontos, número 0,90%, abaixo da pontuação anterior. As bolsas européias concluíram os negócios em terreno positivo, a exemplo de Londres (0,89%), Paris (1,05%) e Frankfurt (1,76%). A seguradora AIG e a gigante do setor hipotecário Fannie Mae anunciaram perdas bilionárias hoje. A primeira anunciou perdas de US$ 24,5 bilhões no terceiro trimestre, ante um lucro de US$ 3,09 bilhões em idêntico período no ano passado. O governo americano já comunicou que vai elevar a ajuda financeira para a empresa de US$ 85 bilhões para US$ 150 bilhões. Já a Fannie Mae reportou um prejuízo de US$ 29 bilhões no terceiro trimestre. Além disso, a Circuit City, segunda maior cadeia americana de lojas de produtos eletrônicos, anunciou sua quebra e pediu proteção sob o chamado ´Capítulo 11´ da lei de falências dos Estados Unidos. Em comunicado, a rede, porém, informou que manterá suas lojas abertas por conta da aproximação das festas de fim de ano. China O governo chinês anunciou no final de semana um programa de estímulo à economia no montante de US$ 586 bilhões, para ser aplicado até 2010. Os investimentos devem ser concentrados em bem-estar social e infra-estrutura. Economistas de bancos e corretoras vêem chances de que o dinheiro chinês, somado às iniciativas governamentais já anunciadas, tragam perspectivas um pouco mais favoráveis para uma economia global à beira de uma recessão.

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