Economia

Nokia Siemens deve eliminar 1.800 empregos e pretende cortar 9.000 no total

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postado em 11/11/2008 12:51
A Nokia Siemens Networks, "joint venture" entre a fabricante finlandesa de celulares Nokia e o conglomerado alemão Siemens, informou nesta terça-feira (11/11) que deve cortar 1.820, principalmente na Finlândia e na Alemanha. O grupo, no entanto, ainda planeja um corte de 9.000 empregos - o quadro de funcionários contava com cerca de 60 mil pessoas até o fim de setembro. A medida faz parte de um programa de corte de custos que pretende economizar para o grupo cerca de 2 bilhões de euros (US$ 2,54 bilhões). "Condições difíceis prolongadas no mercado de telecomunicações mostraram a necessidade de efetuar novas reduções", informou a Nokia, em um comunicado. Em maio de 2007, a empresa havia anunciado o plano de cortar 9.000 empregos; até hoje, já foram eliminadas mais de 6.000 vagas. Segundo o documento, 750 vagas da empresa deverão ser cortadas na Finlândia e outros 500 em Munique, na Alemanha, com o fechamento de uma unidade de produção no país. Outros 50 postos de trabalho deverão ser cortados no Egito e 20 nos EUA. A Nokia Siemens Networks começou a operar em abril do ano passado, mas logo lançou um programa de demissões e cortes de empregos. O programa de redução de custos pretende elevar a margem de lucro da empresa para 10% até o fim de 2009. A margem de lucro operacional da Nokia Siemens caiu para 5,1% no terceiro trimestre, contra 6,7% no trimestre anterior. Outro sinal de dificuldades no setor de telecomunicações foi apresentado ontem: a canadense Nortel anunciou que perdeu US$ 3,4 bilhões no terceiro trimestre do ano e que eliminará 1.300 postos de trabalho em vários países. Além da redução de 1.300 postos de trabalho, está a eliminação de posições executivas e de direção em toda a companhia, congelamentos salariais e de novos contratos ao longo de 2009. As receitas da companhia no terceiro trimestre de 2008 foram de US$ 2,32 bilhões, 14% a menos que no mesmo período de 2007. Sobre os cortes de empregos, a Nortel disse que 25% serão realizados até o final do ano e o restante, em 2009. Desemprego Na Alemanha, o número de desempregados em outubro ficou em 2,997 milhões, primeira vez em que esse número fica abaixo de três milhões de pessoas em 16 anos. A taxa de desemprego está em 7,2%, contra 7,4% em setembro. Segundo o governo, a "desaceleração conjuntural e a crise financeira não tiveram conseqüências sérias no mercado de trabalho alemão em outubro". Em novembro de 1992, o nível de desemprego chegou a 3 milhões de pessoas, um patamar simbólico muito importante no debate público alemão. Na zona do euro (da qual a Finlândia faz parte), no entanto, a taxa de desemprego ficou em 7,5% (dado anualizado) em setembro, contra 7,3% em, agosto. Na Finlândia, a taxa de desemprego variou neste ano entre 6,3% e 6,5% ao longo do ano até setembro. Demissões Fora do setor, a gigante alemã de serviços postais Deutsche Post anunciou ontem que eliminará 9.500 postos de trabalho ao encerrar as atividades de correio privado expresso (DHL) nos Estados Unidos, unidade que gera fortes prejuízos. As demissões somam-se aos 5.400 empregos já suprimidos desde o início do ano. A DHL, que compete com a UPS e a FedEx, emprega cerca de 18 mil trabalhadores nos Estados Unidos. A Deutsche Post informou na semana passada que seu lucro líquido nos nove primeiros meses do ano subiu 28,7%, para 1,46 bilhão de euros (US$ 1,869 bilhão), em comparação ao mesmo período de 2007. Para este ano, o grupo prevê lucro operacional em torno de 4,2 bilhões de euros (US$ 6,443 bilhões).

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