postado em 11/11/2008 12:55
O mau humor dos investidores com a crise global afeta as Bolsas de Valores mundiais, arrastando a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nos negócios desta terça-feira (11/11). Os resultados de empresas monopolizam a atenção dos participantes do mercado, num dia esvazia de indicadores econômicos mais importantes. O câmbio atinge R$ 2,20.
Embora haja mais otimismo quanto a situação das instituições financeiras americanas, com um alívio na crise de confiança que paralisou a circulação de crédito entre setembro e outubro, os investidores estão pessimistas com os desdobramentos dessa crise sobre a economia real. Ontem, teve vida curta o entusiasmo com o pacote de estímulo fiscal da China no valor de US$ 586 bilhões.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, recua 2,08% e atinge os 36.012 pontos. O giro financeiro é de R$ 616 milhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 1,49% poucos minutos após a abertura dos negócios.
O dólar comercial é cotado a R$ 2,197 para venda, com incremento de 0,27% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 438 pontos, número 0,22% acima da pontuação anterior.
As Bolsas européias operam com perdas, a exemplo de Londres (declínio de 2,53%), Paris (baixa de 3,51%) e Frankfurt (retração de 3,07%).
Entre as primeiras notícias do dia, o Federal Reserve (o banco central americano) aprovou hoje a conversão da gigante americana do setor de cartões de crédito American Express (AmEx) em um banco comercial. Uma das empresas mais afetadas pela crise financeira, a Amex poderá captar depósitos, seguindo o exemplo dos bancos de investimento Goldman Sachs e Morgan Stanley, que também se tornaram bancos comerciais.
O Banco do Brasil comunicou que o Conselho de Administração aprovou a incorporação do Banco do Piauí. O aviso ao mercado não traz maiores detalhes sobre as duas possíveis operações pendentes: a compra de participação no banco Votorantim e a aquisição da Nossa Caixa.
A holding Vivo Participações anunciou hoje um lucro de R$ 129,8 milhões no terceiro trimestre deste ano, ante ganhos de R$ 42,6 milhões em idêntico período de 2007. No terceiro trimestre, o número de clientes cresceu em 1,842 milhão.
A companhia aérea Gol rebaixou suas previsões de crescimento do mercado doméstico para 2009, de 8,5% para 6%.