Economia

Bolsas européias têm ganhos apesar de pessimismo sobre economia global

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postado em 12/11/2008 09:35
As Bolsas européias operam nesta quarta-feira (12/11) com ligeiras altas, depois das quedas registradas nos primeiros negócios do dia. A disposição dos investidores para os negócios, no entanto, ainda é fraca, devido ao quadro de incerteza sobre a crise financeira. Nesta terça-feira (11/11), os indicadores das principais Bolsas da Europa fecharam em queda com o pessimismo sobre os efeitos da crise financeira sobre os lucros das empresas. O temor de que a crise resulte em uma recessão global teve efeito principalmente sobre os papéis do setor bancário hoje. Às 8h58 (em Brasília), a Bolsa de Londres estava em alta de 0,39% no índice FTSE 100, indo para 4.263,07 pontos; a Bolsa de Paris subia 0,44% no índice CAC 40, indo para 3.351,01 pontos; a Bolsa de Frankfurt tinha alta de 0,16% no índice DAX, operando com 4.768,21 pontos; a Bolsa de Amsterdã tinha ligeiro ganho de 0,10% no índice AEX General, que estava com 257,38 pontos; a Bolsa de Zurique estava em alta de 0,14%, com 5.872,42 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Milão tinha alta de 0,91% no índice MIBTel, que ia para 16.344 pontos. Mais cedo, o índice FTSEurofirst 300, que reúne ações das principais empresas européias, registrava queda de 0,5%, indo para 879,02 pontos, depois de cair mais de 4% ontem. No ano, o indicador já acumula perdas de mais de 41%. Hoje o Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido informou que o número de desempregados no país cresceu para 1,825 milhão de pessoas no trimestre encerrado em setembro. Trata-se do maior nível desde o trimestre encerrado em dezembro de 1997. O dado aumentou o pessimismo sobre a economia britânica e européia de modo geral. A Comissão Européia, o órgão executivo da União Européia (UE), informou no início deste mês que a zona do euro já está em recessão e ficará nessa situação até 2009. O Produto Interno Bruto (PIB) dos países da região que utiliza a moeda comum começou a se contrair no segundo trimestre de 2008 (-0,2%) e, segundo a comissão, voltou a perder força no terceiro (-0,1%) e seguirá caindo no quarto (-0,1%), para começar uma lenta recuperação a partir de 2009. A expectativa dos analistas de uma recuperação significativa no mercado financeiro é pequena. "Não consigo ver nada que possa dar alguma força ao mercado", disse o diretor da Seven Investment Management, Urquhart Stewart. "Vai ser um dia fraco. As pessoas não querem participar do mercado. Há uma paralisação de compras no momento." Entre os bancos, os papéis do francês Natixis caíam 11%, após informar que teve dificuldades em outubro. O banco negou informações veiculadas na imprensa informando que teria registrado um prejuízo de US$ 1,24 bilhão em algumas de suas operações no mês passado. Também caíam as ações do BNP Paribas e do HSBC, com perdas de 2,2% e 0,9% respectivamente. Já na Itália, as ações do UniCredit subiam 4,4%, apesar da queda de 54% em seu lucro no terceiro trimestre. O grupo financeiro suíço ING informou hoje que teve um prejuízo de cerca de US$ 600 milhões no terceiro trimestre. No terceiro trimestre de 2007, o ING, que nunca havia registrado prejuízo, teve um lucro líquido de 2,3 bilhões de euros (US$ 2,88 bilhões). Na Ásia e região, as Bolsas registraram a segunda perda na semana puxadas pelo mau resultado das empresas em meio a um cenário de desaceleração global. A Bolsa de Tóquio (Japão) caiu 1,29%, para 8.695,51 pontos no índice Nikkei 225. Em Hong Kong, a queda foi de 0,73%. A Bolsa de Sydney (Austrália) recuou 0,97%. A Bolsa de Seul (Coréia do Sul) fechou com perdas de 0,43%. Na China, a Bolsa de Xangai, no entanto, fechou com ganhos de 0,84%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones Industrial, principal indicador da Bolsa de Nova York, caiu 1,99%, enquanto o Nasdaq teve baixa de 2,22%.

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