Economia

Petróleo fecha em alta, após ter caído a níveis jamais vistos

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postado em 13/11/2008 19:27
Os preços do petróleo voltaram a subir nesta quinta-feira (13/11) em Nova York depois de terem caído a níveis nunca vistos praticamente nos dois últimos anos, após o anúncio de uma reunião de emergência da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) no Cairo. No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de ´light sweet´ para entrega em dezembro fechou em US$ 58,24, um aumento de US$ 2,08 em relação ao fechamento de quarta-feira. Durante a sessão, os preços caíram para R$ 54,67, o nível mais baixo desde janeiro de 2007. Já em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte perdeu US$ 0,38 centavos, fechando em US$ 51,99. No Reino Unido, o barril nunca tinha sido tão barato desde maio de 2005, atingindo US$ 50,60 durante a sessão. Ele perdeu quase dois terços de seu valor desde o ápice de 11 de julho, quando atingiu US$ 147. Reunião Os preços voltaram a subir no fim da sessão, depois do "anúncio pela Opep de que se reunirá no Cairo para conversar sobre a produção", explicou Adam Sieminski, da Deutsche Bank. A reunião da Opep acontecerá em paralelo à reunião da Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo, segundo a agência de notícias argelina APS. Ela deve permitir ao cartel "se preparar para qualquer nova decisão da Opep em sua próxima reunião", prevista para o dia 17 de dezembro em Orã, na Argélia, segundo a mesma fonte. No entanto, uma primeira redução da produção, de 1,5 milhão de barris por dia, decidida durante a última reunião da Opep, em 24 de outubro passado, não surtiu efeito. Desaceleração De fato, o mercado segue focalizado na deterioração da economia mundial, que se traduz numa desaceleração, ou até numa queda da demanda nos países ricos. Em seu relatório mensal, a Agência Internacional da Energia (AIE) baixou suas previsões de consumo mundial de petróleo: prevê para 2008 um ínfimo crescimento da demanda, de apenas 100 mil barris por dia, seguido em 2009 por uma leve alta, de 400 mil barris por dia. Nos Estados Unidos, o departamento americano da Energia revelou nesta quinta-feira uma redução de 6,6% em um ano do consumo dos produtos derivados do petróleo.

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