postado em 13/11/2008 21:04
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta quinta-feira (13/11), em Milão, na Itália, que a economia brasileira vai crescer mais de 3,5% no ano que vem, ;independente dos impactos da diminuição do crédito internacional;.
A afirmação do ministro foi feita em seminário internacional, promovido pela prefeitura e pela Câmara de Comércio de Milão. Paulo Bernardo falou sobre os sistemas de infra-estrutura e fatores de integração e desenvolvimento na América Latina.
Segundo a assessoria de imprensa do ministério, o ministro fez um relato das medidas adotadas pelo governo brasileiro para enfrentar a recessão mundial, em especial quanto à garantia de linhas de crédito internas para viabilizar as exportações.
Paulo Bernardo disse aos empresários italianos que os efeitos da crise na economia brasileira ;ainda são pequenos e restritos ao mercado de crédito e à bolsa de valores;. Como exemplo, ele citou a expansão de 6,7% da indústria, nos 12 meses terminados em setembro, e a geração de mais de 2 milhões de empregos neste ano.
O ministro falou também das medidas adotadas com vistas a evitar a forte volatilidade (oscilação) do câmbio e a facilitar a aquisição de pequenos e médios bancos com alta exposição a crédito.
PAC
;Acreditamos que, independente dos impactos da diminuição do crédito internacional, o Brasil tem garantido um crescimento acima de 3,5% para 2009;, disse Paulo Bernardo. Ele enfatizou que os investimentos para os empreendimentos em infra-estrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ;estão preservados;.
Aos empresários italianos, Paulo Bernardo disse que o PAC é ;uma agenda prioritária para o Brasil;, e funcionará, em 2009, como uma espécie de âncora para evitar que haja um grande recuo da economia. ;Entendemos que é missão do governo minimizar os efeitos da crise mundial, e o PAC terá papel fundamental nesse sentido.;
O ministro destacou, ainda, os investimentos em transporte, e destacou os estudos para implantação do trem de alta velocidade Rio de Janeiro-São Paulo-Campinas, que tem atraído o interesse de investidores europeus. Bernardo reforçou a disposição do governo brasileiro em poder contar com a experiência do empresariado italiano no empreendimento.