Economia

Bovespa avança 1,02%; dólar cede 2,32%, a R$ 2,313

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postado em 14/11/2008 11:21
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra ganhos desde os primeiros negócios desta sexta-feira (14/11). Há alguma expectativa positiva sobre a reunião do G20 neste final de semana, mas a atenção dos investidores está voltada principalmente para a "economia real" e os desdobramentos da crise financeira. As Bolsas asiáticas e européias registraram ganhos, ainda repercutindo a forte alta (6,7%) de ontem no mercado de ações em Nova York. O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, ganha 1,02% para os 36.358 pontos. Ontem, a Bolsa brasileira fechou em forte alta de 4,71%. O dólar comercial é cotado a R$ 2,313 para venda, em baixa de 2,32%. A taxa de risco-país marca 458 pontos, número 3,61% acima da pontuação anterior. A expectativa de que a reunião do G20 (grupo integrado por países desenvolvidos e emergentes) possa suscitar medidas para combater a crise global trouxe algum ânimo para as Bolsas asiáticas, que encerraram em alta: em Tóquio, o índice Nikkei subiu 2,7%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng valorizou 2,43%. Na Europa, a Bolsa de Londres ascende 3,90%, enquanto o mercado de Frankfurt avança 3,31%. Entre as primeiras notícias do dia, a Eurostat (a agência européia de estatísticas) apontou que a economia da zona do euro (dos países que adotaram a moeda) caiu em recessão, após registrar o segundo trimestre consecutivo de contração do PIB. A recessão também já atingiu a Alemanha, a Espanha e o Reino Unido, conforme divulgaram diferentes órgãos oficiais nos últimos dias. Nos 27 países da União Européia (UE), também houve contração de 0,2% no PIB do trimestre passado. O bloco ainda não entrou em recessão, no entanto, porque não houve variação no PIB do segundo trimestre deste ano. Os últimos dias foram bastante agitados, renovando os temores entre analistas e investidores de que o "pior da crise" ainda não tenha passado. Os trilhões de dólares injetados no sistema bancário global já começaram a fazer efeito para normalizar o sistema financeiro: há indícios de que o crédito voltou a circular entre os bancos, após o auge da crise de confiança que paralisou o circuito interbancário nos meses de setembro e outubro. Agenda A agenda econômica está carregada com indicadores bastante influentes nos EUA: às 11h30 (hora de Brasília), o Departamento de Comércio reporta o desempenho do setor varejista - o mercado financeiro projeta um recuo de 1,4% - pouco mais tarde (13h), a Universidade de Michigan reporta seu indicador de Confiança - os economistas de bancos e corretoras projetam um recuo para 56 pontos. O mercado também deve monitorar o discurso do presidente do Federal Reserve (o banco central dos EUA), Ben Bernanke, previsto para as 11h30. A agenda doméstica está esvaziada nesta sexta-feira. As empresas Agilent, JC Penney e Telefonica revelam seus números do trimestre. No Brasil, a Sabesp e a Gol divulgam seus balanços trimestrais.

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