Economia

Freddie Mac tem prejuízo de US$ 25 bi e pode recorrer a ajuda do governo

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postado em 14/11/2008 11:45
A gigante americana do setor hipotecário Freddie Mac anunciou nesta sexta-feira (14/11) um prejuízo de US$ 25 bilhões referente ao terceiro trimestre deste ano. Com o resultado, a empresa pode ter de buscar recursos na reserva de US$ 200 bilhões feita pelo Departamento do Tesouro em setembro, para evitar que tanto ela como a outra gigante do setor nos EUA, a Fannie Mae, quebrassem. O resultado sai na mesma semana em que a Fannie anunciou um prejuízo trimestral ainda maior, de US$ 29 bilhões. Ambas passaram em setembro a operar sob a supervisão da FHFA (Federal Housing Finance Agency), a agência financeira federal para o setor imobiliário residencial. A Fannie e a Freddie operam como entidades autônomas do governo, mas com seu apoio em garantias. Atualmente as duas empresas possuem quase a metade dos US$ 12 trilhões em empréstimos para a habitação nos EUA. Na terça-feira (11/11), o governo americano anunciou um plano de resgate voltado aos proprietários de imóveis em dificuldades. O objetivo é prevenir a execução de hipotecas - origem da crise financeira na qual mergulho os EUA e o mundo - por meio da modificação das condições dos empréstimos. O novo programa amplia o denominado "Hope Now" ("Esperança Agora"), destinado a evitar despejos, informou a FHFA. "São famílias despejadas, seus vizinhos, comunidades inteiras, todo o mercado imobiliário. (...) Precisamos encerrar essa espiral negativa", afirmou James Lockhart, diretor da agência reguladora de financiamentos de hipotecas. Para se qualificar para a ajuda, o mutuário deverá estar pelo menos três meses atrasados em seus empréstimos para habitação, além de dever mais de 90% do valor do imóvel atual. Os investidores que não ocuparem as casas hipotecadas estão excluídos, assim como os mutuários que pediram falência. Uma das formas pelas quais a ajuda poderá ser concedida é a redução da taxa de juros até o ponto em que o devedor não usará mais de 38% de seus ganhos mensais com a parcela. Outra opção é prorrogar os empréstimos de 30 anos para 40 anos. O Citigroup, em uma iniciativa própria, divulgou medidas para ajudar mutuários a fim de que possam se manter em dia com o pagamento de suas hipotecas e evitar o despejo.

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