Economia

Bolsas em NY abrem em baixa com queda recorde das vendas no varejo

;

postado em 14/11/2008 13:18
As Bolsas americanas abriram em baixa expressiva nesta sexta-feira (14/11), influenciadas por mais dados ruins da economia real. As vendas no varejo tiveram queda recorde no mês de outubro, acentuando ainda mais os temores de que o país já esteja em recessão. Ontem, após um dia de queda, as Bolsas de NY se recuperaram e disparam mais de 6% no final do pregão. Às 12h39 (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) estava em baixa de 1,71%, indo para 8.684,08 pontos no índice Dow Jones Industrial Average, enquanto o S 500 caía 2,17%, indo para 891,47 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em declínio de 2,33%, indo para 1.559,47 pontos. Os investidores também digerem a fala do presidente do Fed (Federal Reserve, o BC americano), Ben Bernanke. Segundo ele, as "ações de política monetária não resolveram as tensões nos mercados financeiros, incluídos os mercados interbancário de fundos". Em uma conferência sobre bancos centrais organizada pelo BCE (Banco Central Europeu) em Frankfurt, Bernanke disse que as medidas adotadas pelas entidades monetárias e os governos melhoraram provisoriamente o funcionamento do mercado de crédito. O recuo nas vendas do comércio, anunciado nesta sexta-feira pelo Departamento do Comércio, foi de 2,8%, maior desde que o indicador começou a ser apurado, em 1992. O declínio no mês passado foi liderado pela queda nas vendas de automóveis, mas a retração foi sentida em todos os setores. Além disso, o resultado negativo de outubro foi o quarto consecutivo, superando também as previsões dos analistas, de uma queda de 2%. O consumo responde por cerca de dois terços de toda a atividade econômica dos EUA. Com a retração no consumo, a recessão pode já estar presente. No trimestre passado, a economia dos EUA teve contração de 0,3%; para o trimestre em curso, a previsão é de novo resultado negativo. Dois trimestres de resultado negativo do PIB são tidos como a definição de uma economia em recessão. Outros dados ruins da economia real norte-americana já sinalizam uma recessão. No mês passado, o país eliminou 240 mil postos de trabalho; a taxa de desemprego, por sua vez, atingiu 6,5%, pior taxa desde fevereiro de 1994. Os pedidos de auxílio-desemprego passaram de 500 mil na semana passada --o nível que indica que a economia está perto de uma recessão é 400 mil.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação