postado em 15/11/2008 11:09
Para combater a crise mundial, líderes reunidos na cúpula do G-20 devem propor neste sábado (15/11) maior coordenação entre os órgãos reguladores de cada país, uniformização de regras contábeis, supervisão de fundos hedge e de agências de classificação de risco, regras para remuneração de executivos e maior poder para o Fundo Monetário Internacional (FMI).
;Mesmo sem a presença do presidente eleito Barack Obama, os líderes devem conseguir ao menos chegar aos pontos básicos de um plano de resgate da economia mundial;, diz uma fonte que acompanha as negociações. Diplomatas e economistas passaram o dia costurando os últimos ajustes para o comunicado do G-20. Tudo indicava que haveria consenso em relação à criação de um colegiado para supervisionar os 30 maiores bancos transnacionais (incluindo o Itaú-Unibanco e o Bradesco), idéia lançada pelo primeiro-ministro britânico Gordon Brown.
O novo órgão de supervisão reuniria reguladores de vários países para supervisionar e monitorar os riscos assumidos por 30 grandes bancos que atuam em vários países.
O órgão proposto ficaria bem longe da ;Interpol financeira; desejada pelos franceses. John Williamson, economista do Instituto Peterson de Economia Internacional, acha que o colegiado é um meio-termo entre as posições mais extremas. A França queria um órgão com poderes sobre as regulamentações de cada país, enquanto os EUA se opunham a qualquer agência transnacional de regulação. ;Se realmente incluírem o colegiado no comunicado, será muito positivo, um resultado mais concreto do que esperávamos.;