Economia

Lula no G-20: crise nasceu da ganância de especulador

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postado em 15/11/2008 17:59
Em discurso durante a reunião de cúpula do Grupo dos 20 (G-20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a "crise é fruto da ganância de irresponsáveis especuladores". Para a platéia composta por lideranças de países industrializados e em desenvolvimento, além de organismos multilaterais, o presidente brasileiro disse que "sobraram conselhos, de supostos especialistas, para os países pobres e em desenvolvimento, mas faltaram esses mesmos conselhos para os países ricos". No Brasil, continuou Lula, "não vamos abdicar de nosso Plano de Aceleração do Crescimento que envolve US$ 250 bilhões de investimentos até 2010". O presidente brasileiro afirmou que "a desaceleração econômica está se transformando perigosamente em recessão econômica" e citou o esforço para estabilização econômica implementada pelos países emergentes em razão de uma crise que eles não criaram. A grave crise, acrescentou "atinge não só a esfera financeira, como começa a afetar seriamente os setores produtivos" O presidente destacou a necessidade de buscar "soluções duradouras" para a crise, apontando que a solução dos problemas deve vir por "meio da ações coletivas". "É essencial a reativação dos setores produtivos". "Nossa receita contra a crise é expandir nosso mercado interno. Precisamos de mais produção, mais emprego, mais inclusão social" Na platéia, estavam o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, e o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick. "Precisamos mudar a forma pela qual a economia global é governada pelas atuais instituições multilaterais", acrescentou o presidente brasileiro. "Tanto o FMI como o Banco Mundial devem se abrir para uma maior participação das economias em desenvolvimento". "A crise representa ameaças concretas à vida de milhões de homens e mulheres", citou Lula no discurso. As respostas que precisam ser dadas pelos países necessitam de "urgência" para impedir "que o pânico que afeta os mercados acabe por agravar mais ainda a crise, tornando-a irreversível"

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