Economia

GM do Brasil reduz previsão de faturamento com queda nas vendas

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postado em 17/11/2008 13:01
A General Motors do Brasil informou nesta segunda-feira (17/11) que o faturamento previsto para este ano, de US$ 11 bilhões, deverá cair para US$ 9,5 bilhões em razão do desaquecimento do setor no país. O presidente da montadora, Jaime Ardila, ressaltou que a redução é conseqüência da desaceleração no Brasil e que não tem relação com as dificuldades enfrentadas pela marca nos Estados Unidos. A previsão é que, no ano, sejam vendidas 575 mil unidades da marca. A empresa é a terceira no ranking de vendas no Brasil. Em relação à indústria automotiva no país, Ardila afirmou que no mês de novembro devem ser comercializados cerca de 200 mil unidades de todas as marcas, e o ano deve fechar com 2,850 milhões de veículos vendidos. "A indústria, neste mês de novembro, está dentro das nossas previsões." Ardila acrescentou que a queda no volume de vendas de outubro foi além do previsto, mas o mercado começa a dar sinais de normalização. A venda de automóveis caiu 2,1% em relação a outubro do ano passado e 11% em relação a setembro deste ano, maior queda entre meses desde 2003. O executivo, assim como já havia afirmado a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), atribuiu a queda nas vendas à redução de crédito no mercado. Ardila elogiou as medidas do governo federal e estadual para irrigar o crédito do setor, principalmente, o governo de São Paulo, que liberou R$ 4 bilhões para os bancos das montadoras. O Banco do Brasil também liberou o mesmo valor. "Esse é um dinheiro carimbado, é só para financiamento de automóveis", afirmou José Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da companhia. Embora a empresa tenha concedido férias coletivas para os funcionários das unidades de Gravataí (RS), São José dos Campos (SP) e São Caetano (SP), Ardila descartou a possibilidade de demissões ainda neste ano. Já para 2009, o presidente explicou a análise sobre demissões será tomada de acordo com andamento do mercado nacional. O executivo afirmou que os investimentos já anunciados estão mantidos.

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