Economia

Bolsas em NY caem com cortes no Citigroup e pessimismo sobre economia

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postado em 17/11/2008 15:14
As bolsas americanas operam em baixa nesta segunda-feira. As notícias de recessão em alguns países europeus e no Japão, além do anúncio de que o Citigroup irá cortar cerca de 50 mil empregos, afetou a confiança dos investidores, já abalada diante da crise financeira global. Às 14h07 (em Brasília), a Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês) estava em baixa de 1,74%, indo para 8.349,32 pontos no índice Dow Jones Industrial Average, enquanto o S 500 caía 1,62%, indo para 859,17 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em baixa de 1,35%, indo para 1.496,37 pontos. O plano do Citigroup é reduzir despesas a fim de compensar mesmo que parcialmente as perdas com a crise no mercado de crédito subprime. A expectativa é reduzir em 20% suas despesas. Socorro Além disso, os investidores aguardam para ver se as três gigantes do setor automobilístico - General Motors, Ford Motor e Chrysler - conseguirão do governo um socorro financeiro. Hoje, a Casa Branca informou que é favorável a que o Congresso que atue nesta mesma semana em apoio das três empresas. O Congresso já havia aprovado um auxílio de US$ 25 bilhões destinados à reestruturação da indústria automobilística, mas agora as empresas querem mais dinheiro, na forma de parte dos US$ 700 bilhões que os legisladores aprovaram em outubro para o socorro financeiro. A idéia conta com o apoio dos democratas, que têm maioria em ambas as câmaras do Congresso, mas até agora o governo Bush se tinha oposto ao uso de parte do dinheiro que obteve dos legisladores para o auxílio às três companhias. "O governo quer que o Congresso adote esta semana a ação apropriada para dar ajuda" às empresas, disse a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino. Produção industrial Hoje também o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) informou que a produção industrial americana teve alta de 1,3% em outubro, superando em muito as expectativas dos analistas, que previam um aumento de 0,2%. Mesmo assim, as más notícias exercem mais pressão que o dado positivo dos Fed. O governo do Japão informou que a economia do país teve uma contração de 0,1% no terceiro trimestre, depois de, um trimestre antes, o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas) do país já ter registrado contração de 0,9% (segundo dados oficiais revisados). Com isso, o país entrou em recessão (definida como dois trimestres seguidos de contração na economia). Os EUA, que tiveram uma contração econômica de 0,3% no terceiro trimestre, devem registrar um novo resultado negativo no trimestre em curso, com isso também caindo em recessão. Na semana passada, a zona do euro entrou em recessão: o PIB da região teve uma contração de 0,2% no terceiro trimestre do ano; no segundo trimestre a economia já havia registrado contração de 0,2%, segundo dados da Eurostat (a agência européia de estatísticas). Itália e Alemanha também entraram em recessão, mesma situação em que já estão Irlanda e França; o governo britânico também espera resultados negativos referentes ao terceiro trimestre e ao quarto

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