postado em 17/11/2008 18:29
Um levantamento realizado com 33 grandes empresas brasileiras apontou que dois terços delas afirmaram que o crédito ficou mais difícil e caro na primeira quinzena deste ano. A pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra também que os spread bancário subiu 77% entre janeiro e novembro.
O estudo da Fiesp mostrou que 65% das empresas responderam que o acesso ao crédito está muito ou mais difícil. Outros 35% afirmaram que o acesso está igual. Não houve resposta relatando mais facilidade a financiamento.
Em relação ao custo do crédito, 80% dos entrevistados disseram que o financiamento na primeira quinzena de novembro estava muito ou mais caro. Os outros 20% foram de respostas relatando igualdade nas taxas.
A Fiesp também apresentou dados do Banco Central mostrando que o custo de linhas de créditos Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) e Capital de Giro ficaram, na média, mais caros em outubro e novembro nos principais bancos brasileiros, na comparação com janeiro deste ano.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, entregou o relatório ao presidente do BC, Henrique Meirelles, durante um almoço realizado hoje em São Paulo. O levantamento mostra também que o spread (preço do dinheiro cobrado pelos bancos) brasileiro atingiu 24,49% em novembro, uma alta de 77% em relação a janeiro. Em outros países, compara a Fiesp, o spread subiu, mas não passou de 1,58% nos Estados Unidos, por exemplo.