Economia

Perdas do petróleo chegam a 62% desde recorde

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postado em 17/11/2008 19:23
O preço do petróleo cru recuou 3,7% nesta segunda-feira, até US$ 55 por barril, seu menor nível em 22 meses, entre expectativas de uma redução da demanda pela matéria-prima e após ser divulgado que o Japão entrou oficialmente em recessão. Os contratos de futuros do petróleo cru com vencimento em dezembro fecharam em baixa de US$ 2,09 na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), até US$ 54,95 por barril (159 litros). O petróleo do Texas já está US$ 92,32 mais barato (62,68%) que em 11 de julho, quando alcançou um preço recorde de US$ 147,27 por barril. O preço dos contratos de gasolina para entrega em dezembro caiu US$ 0,04 o galão (3,78 litros), até US$ 1,17, enquanto o do combustível para calefação diminuiu US$ 0,04, até US$ 1,79 por galão. Por outro lado, o gás natural para entrega em dezembro terminou o pregão a US$ 6,53 por mil pés cúbicos, US$ 0,22 mais caro que no fechamento de sexta-feira. O petróleo cru fechou hoje em pelo segundo dia consecutivo em baixa, depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu, pela sexta vez seguida, sua previsão sobre o crescimento da demanda mundial de petróleo em 2008 e 2009 - devido ao efeito da crise financeira e econômica e o situou em 0,33% e 0,57%, respectivamente. Em Londres, o barril de petróleo Brent, de referência na Europa, recuou nesta segunda-feira 3,55% na Bolsa Intercontinental de Futuros de Londres (ICE Futures, na sigla em inglês), também afetado pelos temores de uma queda da demanda. Assim, o barril de petróleo Brent para entrega em janeiro fechou hoje a US$ 52,31, uma queda de US$ 2,14 em relação ao fechamento da jornada anterior. O pregão londrino recebeu com nervosismo as notícias de que o Japão entrou oficialmente em recessão e que a demanda de energia desceu na China. A economia do Japão teve uma contração de 0,1% no terceiro trimestre, depois de, um trimestre antes, o PIB do país já ter registrado contração de 0,9% (segundo dados oficiais revisados). Com isso, o país entrou em recessão (definida como dois trimestres seguidos de contração na economia). Os EUA, que tiveram uma contração econômica de 0,3% no terceiro trimestre, devem registrar um novo resultado negativo no trimestre em curso, com isso também caindo em recessão. Na semana passada, a Eurostat (a agência européia de estatísticas) já havia anunciado dados que mostram que a zona do euro entrou em recessão: o PIB da região teve uma contração de 0,2% no terceiro trimestre do ano, na comparação com o segundo trimestre - quando também houve contração de 0,2% na comparação com o período imediatamente anterior.

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