postado em 17/11/2008 20:21
No período de 2003 até setembro deste ano, os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o setor elétrico totalizaram R$ 34 bilhões para 222 projetos. O crédito do banco possibilitou investimentos privados no setor de R$ 58 bilhões.
As informações foram dadas nesta segunda-feira (17/11) pelo diretor de Infra-Estrutura e de Insumos Básicos do banco, Wagner Bittencourt. ;A expectativa é de continuar a apoiar o setor elétrico;, afirmou. Destacou entre os projetos em perspectiva a construção da Usina de Belo Monte, no Xingu (divisa de Maranhão e Tocantins), prevista para ir a leilão em 2009, e as usinas do rio Tapajós, localizadas entre os estados do Amazonas e Pará, estimadas pelo governo para licitação em 2010. ;A tendência é aprovar cada vez mais operações;.
Somente para a área de geração foram contemplados pelo BNDES, nos últimos seis anos, 151 projetos com financiamentos no montante de R$ 22,5 bilhões. Os investimentos gerados atingiram R$ 38,3 bilhões, com adição de 16 mil megawatts (MW) ao sistema elétrico nacional. Desse total, 40 projetos foram de hidrelétricas, com 11,6 mil MW; quatro termelétricas (1,5 mil MW); 72 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), com 1,4 mil MW; 31 projetos de biomassa, com quase 1.000 MW. O banco apoiou também no período 10,7 mil quilômetros de linhas de transmissão em 37 projetos, com recursos que chegaram a R$ 6,7 bilhões. O investimento total nesses projetos foi de R$ 11 bilhões.
Para a modernização e aumento de distribuição foram apoiados 31 projetos. Na área de racionalização de energia, o banco aprovou três projetos, dentro do Programa de Apoio a Projetos de Eficiência Energética (Proesco).
No que se refere às fontes alternativas de energia, como as usinas eólicas (com energia oriunda dos ventos), o chefe do departamento de Energia Elétrica do BNDES, Nelson Siffert, revelou que em 2003 havia no Brasil o correspondente a 20 MW. Somente com os financiamentos do BNDES, o total dessa energia alternativa atingiu em setembro deste ano 234 MW, com quatro projetos apoiados.
Wagner Bittencourt destacou que os projetos em perspectiva do Rio Madeira (RO), que incluem as usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio, representam um acréscimo ao sistema nacional de 6,75 mil MW de capacidade nominal. A construção dessas duas unidades do complexo do Madeira deverá envolver financiamentos do BNDES de R$ 12 bilhões para um investimento total dos empreendedores privados de R$ 20 bilhões.