Economia

Bolsas caem na Europa e na Ásia com economia global mais perto da recessão

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postado em 18/11/2008 08:24
As Bolsas européias operam em baixa nesta terça-feira (18/11). O anúncio de que a zona do euro como um todo (além de outras economias dentro e fora da região) e o Japão entraram em recessão aumenta o pessimismo nos mercados financeiros. Com os EUA também à beira da recessão, o temor de que a economia global possa sofrer quedas bruscas cresce, afastando a cada dia mais investidores dos negócios. Às 7h54 (em Brasília), a Bolsa de Londres estava em baixa de 2,05% no índice FTSE 100, indo para 4.047,30 pontos; a Bolsa de Paris caía 1,33% no índice CAC 40, indo para 3.139,82 pontos; a Bolsa de Frankfurt tinha baixa de 1,88% no índice DAX, operando com 4.471,71 pontos; a Bolsa de Amsterdã tinha baixa de 2,03% no índice AEX General, que estava com 241,32 pontos; a Bolsa de Zurique estava em baixa de 0,81%, com 5.600,81 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Milão tinha baixa de 1,39% no índice MIBTel, que ia para 15.473 pontos. Na Ásia e região, a Bolsa de Tóquio perdeu 2,06%, fechando com 8.328,41 pontos no índice Nikkei 225; a Bolsa de Xangai (China) fechou com uma forte baixa de 6,31%, aos 1.902,43 pontos; o índice Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, fechou em baixa de 4,54%, indo para 12.915,89 pontos; e o índice Kospi, da Bolsa de Seul (Coréia do Sul), fechou em baixa de 3,91%, aos 1.036,16 pontos. Nesta segunda-feira (17/11) em Wall Street, o índice Dow Jones Industrial Average, da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) fechou com desvalorização de 2,63%, aos 8.273,58 pontos, e o indicador S 500 perdeu 2,58%, fechando com 850,75 pontos. O índice Nasdaq caiu 2,29%, para 1.482,05 pontos. "O mundo inteiro parece que vai afundar em recessão", disse o analista Francis Lun, da Fulbright Securities em Hong Kong. "Todos os dias há prejuízos de empresas e más notícias econômicas. Aos poucos vamos perdendo a esperança [de recuperação] dos mercados." O governo do Japão informou ontem que a economia do país teve uma contração de 0,1% no terceiro trimestre, depois de, um trimestre antes, o Produto Interno Bruto (PIB) do país já ter encolhido 0,9% (segundo dados oficiais revisados). Com isso, o país entrou em recessão - definida como dois trimestres seguidos de contração na economia. Os EUA devem seguir o mesmo caminho: no trimestre passado, o PIB teve retração de 0,3% e para o trimestre em curso a expectativa é de uma nova retração ao menos da mesma intensidade. Na semana passada, a zona do euro entrou em recessão: o PIB da região teve uma contração de 0,2% no terceiro trimestre do ano; no segundo trimestre a economia já havia registrado contração de 0,2%, segundo dados da Eurostat (a agência européia de estatísticas). Itália e Alemanha também estão em recessão, mesma situação em que já estão Irlanda e França; o governo britânico também espera resultados negativos referentes ao terceiro trimestre e ao quarto. Pacote Ontem, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, disse que não pretende continuar a liberação dos US$ 700 bilhões para estabilizar o sistema financeiro até que o novo presidente dos EUA, Barack Obama, assuma o cargo, em 20 de janeiro. "Quero preservar a potência da chama e a flexibilidade que temos agora" para "os que vêm depois de nós", explicou. Dos US$ 700 bilhões desbloqueados pelo Congresso desde outubro, Paulson recebeu autorização para gastar US$ 350 bilhões. A outra metade só virá em janeiro, segundo ele. O temor de recessão nos EUA cresceu ontem com dois novos sinais: o gigantes financeiro Citigroup informou que deve cortar mais de 50 mil empregos, como forma de reduzir custos. Isso em um cenário já difícil para o mercado de trabalho no país: no mês passado foram eliminadas 240 mil vagas; outubro foi também o décimo mês consecutivo de retração nas ofertas de trabalho; e a taxa de desemprego subiu para 6,5%. Além disso, o governo pediu ao Congresso que aprove uma ajuda à GM, à Ford e à Chrysler, empresas em crise em meio à queda acentuada de vendas de automóveis.

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