postado em 18/11/2008 11:01
Os contratos futuros de petróleo mantêm a trajetória de queda por causa das preocupações com a desaceleração da demanda e os participantes começam a mirar a barreira psicológica de US$ 50 o barril. Segundo analistas, se esse nível for rompido, a commodity pode aprofundar o declínio. Na mínima desta terça-feira (18/11) até as 10h50, o petróleo leve (tipo WTI) negociado no pregão eletrônico da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) caiu para o menor preço desde janeiro de 2007, em US$ 54,13 por barril, acompanhando a queda dos mercados acionários europeus.
Às 10h41 (de Brasília), o petróleo na Nymex eletrônica perdia 0,98%, a US$ 54,41 por barril. Na plataforma ICE, em Londres, o petróleo Brent recuava 1,15%, a US$ 51,71 o barril.
Segundo um operador, ainda não há nada que sugira diretamente que o mercado deva procurar um piso para o petróleo, a não ser que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) dê sinais concretos de que vai cortar a produção. A Opep fará uma reunião extraordinária no Cairo, em 29 de novembro, para discutir a situação atual do preço. Ainda não está claro se o grupo irá concordar com outro corte de produção, depois da redução de 1,5 milhão de barris por dia decidida em outubro, que fez pouco para desacelerar a queda do petróleo.
Ontem à noite, o secretário-geral da Opep, Abdullah Al Badri, disse que é prematuro falar sobre um corte de produção no encontro do grupo, embora os mercados de petróleo estejam "excessivamente abastecidos", divulgou a agência de notícias oficial do Kuwait.