Economia

Bovespa abre pregão em queda; dólar avança 1,71%, a R$ 2,316

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postado em 18/11/2008 11:15
O desânimo com os rumos da economia global afeta os negócios desta terça-feira (18/11) na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A perspectiva de uma recessão mundial afeta os preços das commodities - o petróleo é cotado abaixo de US$ 55 - com impacto direto sobre as ações brasileiras. Refletindo o nervosismo dos investidores, o câmbio atinge R$ 2,31. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa, retrocede 1,08% e alcança os 35.329 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em baixa de 0,20%. O dólar comercial é negociado a R$ 2,316 para venda, o que representa um avanço de 1,71% sobre a cotação de ontem. O Banco Central realiza hoje o seu habitual leilão de "swap" cambial, com oferta de 10 mil contratos a partir das 12h45. Esses contratos permitem proteção contra as oscilações do dólar e tendem a amenizar a pressão sobre os preços da moeda americana. Além desse leilão, a autoridade monetária também realiza a rolagem dos contratos de "swap" que vencem nos meses de janeiro de 2009, março de 2009, outubro de 2009 e janeiro de 2010. As Bolsas asiáticas fecharam em queda, principalmente após o ministro da Economia do Japão, Kaoru Yosano, admitir que "é difícil encontrar fatores que possam contribuir para reverter [o PIB] em direção a um território positivo". Ontem, o governo japonês reconheceu que o país caiu em recessão. Em Tóquio, a Bolsa local perdeu 2,28%, enquanto o mercado de Hong Kong caiu 4,54%. Na Europa, a Bolsa de Londres recua 1,60%, enquanto a Bolsa de Frankfurt amarga retração de 1,33%. Entre as primeiras notícias do dia, o IBGE apontou que ss vendas no comércio no país cresceram 1,2% em setembro, na comparação com o mês anterior. A inflação medida pelo IPC-Fipe, na segunda quadrissemana de novembro - 30 dias até 15/11 - teve variação de 0,58% ante 0,57% da leitura na primeira quadrissemana. O destaque da agenda econômica de hoje é o índice de inflação americana PPI (preços no atacado), influente na definição dos rumos da política monetária dos EUA. Economistas do setor financeiro estimam que o indicador aponte uma deflação de 1,8% no mês de outubro, e uma variação de 0,1% no caso do "core" (núcleo), cálculo que expurga os preços de energia e alimentos. O mercado também deve monitorar os discursos de Ben Bernanke (presidente do Fed americano) e Henry Paulson, secretário do Tesouro dos EUA, sobre a trajetória da economia americana.

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